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Covid-19: cães e gatos devem usar máscaras?

11 de abril de 2020
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Divulgação

Diversas fotos mostrando animais usando máscaras durante a gripe espanhola, em 1918, cerca de 100 anos atrás, estão viralizando nas redes sociais e sites. Em tempos de pandemia do covid-19, as imagens causam espanto e dúvida sobre a necessidade do uso do material em animais domésticos e quais são os verdadeiros riscos da transmissão do vírus entre animais e seres humanos.

As indagações e inquietações tiveram início após autoridades de Hong Kong afirmarem que um cãozinho da raça lulu-da-pomerânia supostamente estaria infectado com coronavírus. A tutora do animal, uma mulher de 60 anos, havia sido diagnosticada com a doença dias antes. Após refeitos, os testes do cãozinho apontaram que o cachorro não estava contaminado.

Tentando embarcar na onda de desinformação para lucrar, muitos comerciantes aproveitaram para tentar emplacar a venda de máscaras de diversos materiais para cães e gatos. Não há informações sobre a aprovação de órgãos reguladores ou fiscalização sobre os produtos, mas a venda de máscaras para animais domésticos está se tornando uma febre em diversos países.

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Para tentar conter o avanço da prática oportunista, a PETA anunciou em março que o uso de máscaras em animais, além de desnecessário, também pode ser prejudicial. A organização norte-americana informou que máscaras podem causar incômodos, desconforto, alergias e até mesmo acidentes. A ONG informou que os cuidados que precisam ser tomados é com a higienização dos ambientes.

A cirurgiã veterinária e pesquisadora em Imunologia da Universidade de Cambridge, Sarah Caddy, publicou um artigo no site The Conversation reforçando que não há evidências cientificas que apontem que cães e gatos possam ser infectados ou transmitirem o vírus para seres humanos. Informação já confirmada pela Organização Mundial da Saúde em fevereiro.

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Nota da Redação: cães e gatos não pegam nem transmitem a Covid-19. Eles podem apenas pegar as versões canina e felina do coronavírus que não são transmissíveis aos humanos, segundo o que  atestam veterinários do mundo todo. O cão de Hong Kong, que a princípio mostrou em exames ter “vestígios” da Covid-19, morreu dois dias depois de ser constatado, por meio de testes mais complexos, que ele não portava o coronavírus humano. Ele era um cão idoso, com 17 anos, e os próprios especialistas de Hong Kong declararam que ele deve ter morrido devido ao estresse causado pela distância da família durante a quarentena. No entanto, tutores infectados com Covid-19 devem delegar os cuidados aos seus animais a outras pessoas e, se isso não for possível, usar álcool gel antes de acariciar seus cães e gatos, pois, pode haver uma contaminação superficial do pelo desses animais do mesmo modo que haveria num corrimão de escada, por exemplo. A ANDA tem se preocupado em passar as informações corretas, com embasamento da OMS – Organização Mundial da Saúde e de veterinários, a fim de evitar abandono e maus-tratos. Colabore também disseminando as informações corretas para evitar abandono e maus-tratos.


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