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Chimpanzés resgatados de exploração em laboratórios estão seriamente doentes

29 de abril de 2016
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/Gerald Herbert/AP
Reprodução/Gerald Herbert/AP

Há três anos, os institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos anunciaram que centenas de chimpanzés usados para experimentos médicos seriam transferidos para um santuário em Louisiana. Em 2015, foi publicado que a última colônia remanescente de 50 chimpanzés também ganharia a liberdade.

Mas o processo de transferência dos animais de três laboratórios de pesquisa no Novo México e Texas – onde alguns foram deliberadamente infectados com hepatite e outras doenças – tem sido lento. Apenas sete chimpanzés chegaram ao santuário Chimp Haven Federal Chimpanzee Retirement em 2015, relatou Fears Darryl do The Washington Post.

Um novo relatório da Contabilidade Pública dos Estados Unidos revelou que 382 dos 561 chimpanzés do NIH permaneceram nos laboratórios desde janeiro. O documento responsabiliza o NIH por não ter “desenvolvido ou comunicado um plano de implementação clara” para movê-los para o santuário, onde 179 chimpanzés usados em pesquisas vivem hoje.

O relatório também incluiu detalhes sobre as condições de saúde e de vida dos chimpanzés. Não é nenhum segredo que as pesquisas do NIH deixaram os animais doentes, mas os números revelam a verdadeira extensão dos danos.

O documento informa que 154 dos chimpanzés (27%) estão infectados com HIV ou algum tipo de hepatite, 261 (38%) tem alguma outra doença crônica não especificada e 144 animais já são idosos. Além disso, os chimpanzés são segregados por estado de infecção e por gênero.

Atualmente, o santuário tem capacidade para abrigar 229 chimpanzés e arrecada dinheiro para uma expansão que lhe permitiria acolher de 100 a 150 chimpanzés adicionais.

Nota da Redação: Depois de tantos anos de exploração cruel nos laboratórios, os chimpanzés libertados ainda têm que conviver com sequelas debilitantes que os afetarão pelo resto de suas vidas. As autoridades falam em animais “aposentados”, como se uma vida inteira de tortura, exposição a doenças infecciosas, confinamento de violência pudesse ser superada em alguns anos vivendo em um santuário. Infelizmente, parece ser tarde demais para esses chimpanzés – mais uma razão para avançar na luta contra a vivisecção. 

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