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Cadela é resgatada após quase ser decapitada por corda no pescoço

27 de junho de 2014
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Cadela Katye ficou meses amarrada à corda e seu pescoço ficou em carne viva (Foto: Divulgação/ Aprapi)
Cadela Katye ficou meses amarrada à corda e seu pescoço ficou em carne viva (Foto: Divulgação/ Aprapi)

Uma cadela com ferimentos profundos no pescoço foi resgatada por uma associação protetora de animais depois de ficar meses presa por uma corda, em Piraju (SP). Conforme reportagem do TEM Notícias, vizinhos afirmaram à associação que a tutora do animal viajou e deixou a cachorra presa pelo pescoço. Ela era alimentada, mas a corda ficou tão apertada que o pescoço do animal foi dilacerado. O caso pode ser registrado na Polícia Civil e a tutora pode responder à Justiça por maus-tratos.

O resgate da cadela foi feito no último sábado (21) pela Associação Protetora dos Animais de Piraju (Aprapi), após denúncias anônimas. A entrada dos voluntários no local foi autorizada por uma vizinha que mora nos fundos da residência da mulher. De acordo com a diretora da Aprapi, Maria Aparecida Alves de Souza, eles tentaram contato com a tutora de Katye. “Atendi vários telefonemas dizendo sobre a situação do animal, que estava amarrado com uma corda curta e com o pescoço todo ferido”, explica.

No mesmo dia, a cadela foi levada ao veterinário, que fez o primeiro atendimento. Voluntários da associação têm visitado a cadela diariamente para trocar o curativo. Ela ainda fica agitada com a presença deles, que limpam e tratam o ferimento. O presidente da Aprapi, Diego dos Reis de Oliveira, conta que registrará o caso na polícia. “Pretendemos encaminhar esse caso aos órgãos devidos para que sirva de exemplo e que mais pessoas não pratiquem esses atos ou pensem em fazer isso”, afirma.

Corda amarrada ao pescoço da cadela deixou um grande ferimento (Foto: Divulgação/ Aprapi)
Corda amarrada ao pescoço da cadela deixou um grande ferimento (Foto: Divulgação/ Aprapi)

O delegado do município, Alberto Bueno Correa Filho, afirma que em situações como essa, se comprovado o crime de maus-tratos, o responsável pelo animal pode até ser preso. “O artigo 32 da lei que trata dos crimes contra o meio ambiente, o qual rege atualmente esta conduta, prevê a pena de 3 a meses a 1 ano de prisão ou multa. Essa pena pode ser acrescida de 1/6 ou 1/3 caso o animal morra em decorrência dos maus-tratos recebidos”, informa.

Outro lado

O TEM Notíciais entrou em contato com a tutora do animal. Ela explicou que foi obrigada a prender o animal depois de uma discussão com a vizinho, que mora nos fundos. O motivo seria a sujeira que Katie fazia perto da porta da casa da vizinha. A tutora afirma ainda que deixou uma amiga encarregada de dar água e comida pra cachorra enquanto ela está viajando. Segundo ela, já estava à procura de alguém para adotar o animal.

Fonte: G1

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