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Polícia Civil investiga nova matança de animais em condomínio de Ribeirão Preto (SP)

24 de junho de 2014
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Foto: Gisele Denadai/Arquivo Pessoal
Foto: Gisele Denadai/Arquivo Pessoal

A Polícia Civil instaurou um inquérito nesta segunda-feira (23) para apurar a morte suspeita de oito animais no condomínio Jardim das Pedras, considerado o maior residencial vertical de Ribeirão Preto (SP). Segundo moradores do local, seis gatos, um cachorro e um gambá foram encontrados mortos entre a tarde de sábado (21) e a manhã de domingo (22). Os corpos foram recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – três deles foram levados para a ONG Associação VidaAnimal (AVA) para a realização de exames laboratoriais. A suspeita é de que as mortes ocorreram por envenenamento.

É a segunda vez em pouco mais de um ano que o condomínio é palco de matança de animais. Em março de 2013, moradores encontraram três gatos mortos enterrados em uma vala no residencial e outros três agonizando nos jardins. Na época, a polícia instaurou um inquérito que comprovou o envenenamento dos animais. O processo, no entanto, corre em segredo de Justiça.

De acordo com Gisele Denadai, uma das moradoras do Jardim das Pedras, os primeiros animais foram encontrados mortos no final da tarde de sábado. “Primeiro foram dois gatos. O morador que o encontrou achou que ele tivesse sido atropelado e o enterrou. Mais tarde, outra moradora, sem saber desse primeiro animal, encontrou outro gato e também o enterrou”, diz.

Tempo depois, no entanto, Gisele e outros condôminos se depararam com mais dois gatos mortos e outros dois agonizando. “Os que estavam passando mal morreram na manhã de domingo. Depois disso, começamos a procurar pelo condomínio e achamos um cachorro morto e um gambá. Não temos a mínima ideia de que tipo de veneno pode ser e onde isso foi jogado. Mais uma vez, não sabemos o que fazer. É muito triste ver uma crueldade dessas acontecendo novamente”, afirma.

Investigação

Segundo o titular da Delegacia de Proteção aos Animais, Luiz Geraldo Dias, o presidente do conselho consultivo do condomínio deve prestar depoimento sobre o caso, uma vez que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) afastou a então síndica do local, Vera de Lurdes Ferreira, do cargo. “Enquanto um interventor judicial não é indicado, quem responde pela gestão do condomínio é o presidente do conselho. O conselheiro deve trazer a relação nominal do corpo de segurança que estava de plantão no condomínio no final de semana e ouviremos esses profissionais”, diz o delegado.

Dias diz que ainda não é possível determinar se há alguma relação entre as mortes deste final de semana e as ocorridas no ano passado. O delegado não descarta, no entanto, que o suposto envenenamento dos animais seja uma forma de retaliação ao afastamento da síndica. “Vamos verificar se houve interesse de alguem em tumultuar a administração que chega. Quem poderia ser essa pessoa, quais são os seus interesses, porque é a segunda vez que isso acontece naquele local”, conclui.

Fonte: G1

 

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