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Mulher cuida de 27 cachorros abandonados e os batiza com nomes de pessoas

12 de março de 2014
4 min. de leitura
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Uma estudante de Direito apaixonada por animais resolveu inovar em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Além de adotar e reunir 27 cachorros dentro de uma casa, os animais, considerados ‘filhos’, foram todos batizados com nome de pessoas. Bárbara, Rafael, Ana Laura e Igor são alguns dos cães que vivem na casa da jovem que dedica a vida aos animais.

Cães brincam com a tutora no quintal de casa (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Cães brincam com a tutora no quintal de casa (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)

A estudante Sonia Cipriano conta que no início tutelava apenas quatro cachorros, mas o número foi aumentando devido ao espaço que tinha na casa. Quase todos são cães sem raça definida. Apenas um rottweiler foi comprado. “Em Londrina, no Paraná, eu aluguei uma casa que tinha um campo de futebol. No início eram só quatro. Depois fui pegando mais. Quando eu mudei para Praia Grande trouxe 17 comigo e aqui peguei mais 10”, diz.

Cachorro são separados por alas para evitar brigas (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Cachorro são separados por alas para evitar
brigas (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)

Sonia diz que ela não vai atrás dos animais. Ela brinca que eles simplesmente aparecem na vida dela. “Eles aparecem, se jogam na frente do meu carro. Parece que um vai falando para o outro: se joga que ela te leva! Um dia eu estava passando na estrada e observei uma caixa de papelão na via, aí de repente sai uma cabeça de cachorro da caixa. Eu não resisto. Outra vez eu fui a um posto de gasolina e o dono falou de uma cachorra que não saía dali. Começou a trovejar e quando eu vi ela estava no banco do meu carro”, conta Sonia.

O mais inusitado da história são os nomes dos cachorros. A moradora brinca que na casa dela os nomes “Totó” e “Rex” não têm vez. Ana Laura, Igor, Rafael, Poliana, Carolina, Ariane e Ben Hur são alguns dos nomes de seus cachorros. “Eu não tive filhos, então escolho para os cachorros nomes que daria para crianças. Todos os nomes são estudados. Levo cerca de uma semana para decidir e eles adoram a escolha. São nomes fortes, como Amélia, Loreta e Elza”, afirma Sonia.

Ela diz ainda que alguns nomes dos cachorros foram escolhidos por causa de ídolos. “Greg, por exemplo, é do seriado House, que eu amo. Tem o Elvis, que eu também amo. E também tenho a Adele, já que sou fã da cantora. Tem a Glorinha, a Suzy e a Clarice também. A maioria é fêmea. São apenas cinco machos, porque temia que eles brigassem entre si”, explica.

Os cachorros são divididos em alas. São cinco no total. “Sabe raio de cadeia? É basicamente isso. Eu separo eles pelas personalidades. Alguns não se dão com os outros. Cada área tem um líder e não posso misturar com outro líder. Menos a Samira, que é a líder do grupo todo e ela tem livre acesso em todas as alas. Tem todo um ritual. O quintal da frente é o pátio deles. Vou soltando eles em grupos para brincarem na frente da casa. Enquanto isso troco água e dou comida”, afirma Sonia.

Sonia mantém parte dos cachorros dentro de casa (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Sonia mantém parte dos cachorros dentro de casa (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)

Ela afirma que os vizinhos não reclamam da “cachorrada”. Até um agente da zoonoses já agradeceu a moradora por abrigar esses animais que viviam nas ruas. “O veterinário vem em casa sempre. Todos são castrados e vacinados. Dou banho semanalmente e minha casa está sempre limpa. Eles dormem a noite inteira, não tem barulho aqui, apenas quando eu chego da faculdade que são 20 minutos de latido e empolgação”, diz.

Sonia diz não se importar com o trabalho e dedica quase o dia todo aos 27 cachorros. “Eu já viajei muito. Hoje em dia só saio para ir à faculdade. Não consigo aproveitar pensando neles aqui presos. Eu durmo com sete deles na minha cama. Às vezes eu sinto que a cama está muito espaçosa e vejo que ficou um para fora. Mas não perco nenhum. Cada um tem seu espaço e não tem preferido. Sou apaixonada, não consigo mais imaginar a minha vida sem eles”, finaliza.

Fonte: G1

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