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Relembre outros casos de maus-tratos a animais que aconteceram no país

20 de outubro de 2013
8 min. de leitura
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O recente casos onde ativistas invadiram o Instituto Royal em São Roque, interior do estado de São Paulo, e resgataram centenas de beagles vítimas de maus-tratos e exploração em testes laboratoriais, traz a tona uma realidade cada vez mais alarmante sobre atos de crueldade aos animais e a crescente participação pública que tenta reverter essa realidade.

Veja a seguir alguns casos de agressão que repercutiram no País:

Traqueia perfurada

(Foto: Kate Clunc/Facebook)
(Foto: Kate Clunc/Facebook)

A SRD  Brigitty foi encontrada no dia 23 de maio de 2012 pela voluntária Kate Clunc debilitada e ferida gravemente no pescoço em Porto Alegre (RS) na região do Humaitá, nas proximidades da Arena do Grêmio.

A voluntária levou o animal a uma clínica veterinária, onde foi detectada a perfuração da traqueia. Devido à exposição dos tecidos internos, Brigitty desenvolveu um quadro de pneumonia. Além disso, a dificuldade na circulação do sangue pela área atingida provocou inchaço na cabeça. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e as imagens da cadela motivou uma campanha de solidariedade no Facebook para ajudar a custear o tratamento.

Cães agredidos

(Foto: Arion Marinho/Futura Press)
(Foto: Arion Marinho/Futura Press)

Em outubro de 2012, foi divulgado um vídeo que mostra o funcionário e filho da dona do pet shop Quatro Patas, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, agredindo cachorros enquanto dava banho nos animais. Segundo a testemunha, que ficou indignada com as agressões, os maus-tratos eram constantes. Alguns saíam machucados e traumatizados com as pancadas que levavam.

Na gravação, Daniel Barroso, 20 anos, além de dizer xingamentos, dá tapas, socos e garrafadas na cabeça dos animais, além de jogar água abundante no focinho a fim de afogar o animal. Patas e focinhos também eram amarrados com objetos inadequados. A dona do estabelecimento, Solange Barroso, negou que soubesse das agressões. Ela disse que na falta de funcionários, ele chegou a trabalhar na loja alguns meses atrás. Atualmente, tem a função de levar e buscar os cachorros em casa. O vídeo das agressões teve repercussão internacional.

Olhos arrancados

(Foto: Arte/Terra)
(Foto: Arte/Terra)

Uma gata foi agredida e teve os olhos arrancados por um garoto de 11 anos na cidade de Valparaíso de Goiás, na divisa com o Distrito Federal, no dia 22 de junho de 2012. A gata Themis, como foi batizada, foi encontrada em um condomínio por uma moradora que a levou até o grupo Salvando Vidas Protetoras Independentes. O menino teria usado um lápis ou uma caneta para arrancar os olhos do animal.

A história da gata de três meses comoveu a professora Káthia Regina Vieira, 48 anos. Ela, que é defensora dos animais e mora em uma casa no bairro Grande Colorado, em Sobradinho, com outros 13 gatos e dois cachorros, entrou em contato com o grupo de que atendeu o animal para solicitar a adoção. A gata foi então rebatizada como Yasmin.

Amarrada a trilhos

(Foto: Arte/Terra)
(Foto: Arte/Terra)

Na noite de 3 de maio de 2013 uma cadela vira-lata preta foi encontrada amarrada a trilhos de ferrovia na cidade de Lorena, em São Paulo. Foi o segundo caso do tipo no mês na cidade. A empresária Fernanda Milet, 29 anos, passeava com seu pitbull quando viu três rapazes fugirem correndo da área. Ao ir até o local, se deparou com o animal.

A cadela foi levada para uma clínica veterinária e, segundo o médico veterinário Daniel Fukuoca, tinha sinais de maus-tratos e violência sexual. No início de abril, uma entidade de defesa dos animais, do qual a empresária faz parte, denunciou a morte de quatro cães encontrados amarrados aos trilhos. Outro cão vira-lata foi salvo e adotado.

Pescoço cortado

(Foto: Sergio Menezes/SCMS/Div)
(Foto: Sergio Menezes/SCMS/Div)

Um filhote de cão SRD foi resgatado no dia 28 de dezembro de 2011 depois de passar mais de 24 horas agonizando com dois cortes profundos no pescoço em uma casa de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O salvamento foi realizado por agentes do Centro Municipal de Controle de Zoonoses (CCZ), após a dona-de-casa Valdirene Silva Galvão ligar para o Centro denunciando seu vizinho por agredir o animal.

Os ferimentos foram provocados pelo desempregado Cristiano da Silva, 31 anos, morador do jardim Maria Lúcia, zona norte de Rio Preto. Silva, que é irmão da dona do cão, uma adolescente de 17 anos, decidiu matar o filhote porque o choro dele o incomodava à noite. Com uma faca de serra de cozinha, o agressor desferiu um golpe no pescoço do animal. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial.

O cão teria passado mais de 24 horas agonizando, antes de ser resgatado. O veterinário Luís Flávio Vani do Amaral, do CCZ, ficou revoltado ao receber o animal e postou fotos dele – que recebeu o apelido de Tender – na sua página do Facebook.

Poodle espancado

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

Um filhote da raça poodle foi agredido por uma mulher e seu filho pequeno em um condomínio na zona norte de Porto Alegre (RS). O vídeo que mostra a violência, gravado por um vizinho de 16 anos, repercutiu na internet e causou revolta entre os moradores, que chamaram o síndico e, com a ajuda do marido da agressora, resgataram o filhote. O cão recebeu cuidados médicos e foi adotado pelo subsíndico do condomínio.

Enfermeira agressora

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

As imagens de uma enfermeira agredindo um cachorro de quatro meses da raça Yorkshire, na presença da filha, de três anos, repercutiram nas redes sociais e mobilizaram a opinião pública em dezembro de 2011. O vídeo mostra Camila Corrêa Alves de Moura Araújo dos Santos, 22 anos, arremessando o animal para o alto e o prendendo dentro de um balde, em frente à filha de 1 ano e meio. Com a agressão, o cachorro não resistiu aos ferimentos e morreu.

As cenas de crueldade foram filmadas por um vizinho da enfermeira. O caso foi investigado pela Polícia Civil de Formosa, em Goiás. Camila foi indiciada por dois crimes: maus-tratos contra animais e constrangimento à criança.

Agressão em Salvador

(Foto: Arte/Terra)
(Foto: Arte/Terra)

Em abril de 2012, uma mulher foi flagrada em um vídeo postado na internet agredindo cachorros dentro de sua casa no bairro de Pau da Lima, em Salvador. À polícia, Janira Francisco Santana, na época grávida de quatro meses, declarou que não batia nos animais, mas “conversava com eles”.

Janira foi filmada por uma vizinha. Os moradores da rua relataram que os abusos aconteciam normalmente. No imóvel havia três cães: dois vira-latas e um poodle. Depois que o vídeo foi divulgado pela internet e gerou revolta, a Justiça determinou o resgate dos cachorros. Antes de oficiais de Justiça receberem autorização para arrombar o imóvel, um homem que seria o companheiro da agressora entrou no local e levou embora o poodle, mas deixou os vira-latas em casa. Os cães foram encaminhados para adoção para uma ONG de defesa dos animais.

Rumo ao rio

(Foto: Alexandre Jurisson/Vc repórter)
(Foto: Alexandre Jurisson/Vc repórter)

Uma criança foi flagrada com uma caixa cheia de gatos para jogar no rio Tamanduateí, em São Paulo, em dezembro de 2011. O produtor gráfico Alexandre Jurisson caminhava em uma travessa da avenida dos Estados, no bairro de Bom Retiro, quando flagrou a criança segurando a caixa de papelão de maneira desajeitada. Ele desconfiou e descobriu: era uma gata e cinco filhotes.

Questionado pelo produtor, o menino disse que o pai havia mandado jogar os animais no rio. O pai deu a mesma resposta. Após levá-los ao veterinário, o produtor ficou responsável de mobilizar amigos e colar cartazes em busca de novos tutores para os gatos.

Mortos na rua

(Foto: Hélio Torchi/Futura Pressura Press)
(Foto: Hélio Torchi/Futura Pressura Press)

Em janeiro de 2012, o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) de São Paulo deteve uma mulher suspeita de matar 33 animais, entre gatos e cachorros, e jogar os corpos na rua. A Polícia Militar (PM) recebeu denúncias de maus tratos e localizou a mulher no bairro vila Mariana, zona sul da capital. Os animais foram encontrados em sacos de lixo em frente à casa dela.

Na garagem da residência, havia diversas gaiolas para transporte de animais. Um detetive foi contratado por um grupo de protetores de animais, que desconfiou da atitude da suspeita, pois ela adotava um grande número de bichos. Segundo a polícia, ela foi vista jogando os animais mortos no lixo e falou que sedava e sacrificava alguns deles porque eles sentiam dor. Na época, houve a denúncia que existia um comércio clandestino de sangue de animais no Brasil, o que não foi confirmada.

Fonte: Terra Notícias

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