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Cão doente desaparece de clínica veterinária, em Aracaju (SE)

31 de outubro de 2010
8 min. de leitura
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José Elias de Rezende Junior
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(Felizmente o cãozinho Junior, citado nessa matéria, já foi encontrado por seu tutor. Leia aqui o desfecho dessa comovente história.)

Na manhã de sábado do dia 23/10, eu (Jose Elias de Rezende Junior), Andréa Paixão de Oliveira e Maria levamos nosso cão (Junior) para a Clínica Veterinária São Lázaro, situada na Av. Heráclito Rollemberg , bairro Atalaia, em Aracaju (SE), quem nos atendeu foi a Dra. Priscila Stang que foi quem realizou a anamnese clínica do animal.

Cão é intenado em clínica veterinária e desaparece. Foto: arquivo pessoal

Informamos a Dra. Priscila que Junior apresentava três episódios de fezes sanguinolentos e a mesma colheu o sangue dele e administrou duas injeções não nos comunicando o que era e nem sua finalidade, informando apenas que poderia ser uma infecção causada por carrapatos e que só teria certeza quando viesse o resultado do hemograma, ela nos liberou e receitou que se nosso cão vomitasse era para retornarmos a clínica com urgência.

As 18h00 do mesmo dia retornamos a clínica, pois nosso cão tinha apresentado três episódios de vômito nos retornamos a clinica dessa vez quem nos atendeu foi o Dr. Carlos Eduardo, enquanto informávamos ao médico a piora de Junior o telefone da clínica tocou e o Dr. Carlos atendeu e logo em seguida nos informou que era do laboratório, após isso nos informou o resultado laboratorial de Junior.

O médico nos informou que nosso cão estava com anemia e os leucócitos estavam altos, após disse que o resultado laboratorial estava todo alterado, o Dr. Fez um acesso periférico em Junior e nos disse que ele tinha que ser hidratado, colocou um soro e fez algumas medicações venosas e mais uma vez não nos informou quais medicações eram e nem para que serviam.

Após isso, ele levou Junior para uma jaula, sem tala para imobilizar a pata e nem colar protetor, nosso animal ficou apenas com o soro e a coleira dele que o médico quis nos devolver para que não misturasse com a de outros animais, mas eu insisti que deixasse ele com coleira e perguntei se poderia ficar com meu cão na clínica, o Dr. Carlos falou-me que não e que nos pegaríamos ele no domingo (24/10) pela noite, eu fui até a recepção para realizar o pagamento, lá fomos informados sobre o horário de visitas que era a partir das 10h00, após efetuar o pagamento fomos embora deixando nosso cachorro na clínica.

Às 20h00  minha mãe (Maria de Lourdes) ligou para a clínica para saber o estado de Junior, a recepcionista informou que ele estava tomando soro, por torno das 23h00 meu pai (José Elias) ligou para saber como Junior estava, dessa vez quem atendeu foi a Dra. Priscila Stang e informou que Junior havia perdido o acesso e que seria realizado outro.

No domingo do dia 24/10, às 07h00 ligaram da clínica para minha casa, meu pai atendeu e foi informado que Junior havia fugido da clínica no dia anterior as 22h30min, imediatamente eu e minha noiva (Andréa Paixão) fomos até a clínica, lá encontramos o Dr. Carlos Eduardo e um enfermeiro na recepção, atordoados com a notícia perguntamos para qual lado nosso cachorro foi e o Dr. apontou para a direita, rodamos os arredores da clínica durante toda a manhã e ressalto que em nenhum momento vimos os carros da clínica a procura do nosso animal.

Por volta das 11h00 horas voltamos a clínica para falar com o responsável (Dr. José Souza Paixão) mas o mesmo não se encontrava, mas os dois carros da clínica estavam lá parados e minha noiva questionou a recepcionista perguntando se eles estavam procurando nosso cão, fomos informados que haviam dois carros circulando, perguntamos quais eram e ela relatou que um era um Santana prata e o outro eu não me recordo.

Fomos embora e por volta das 12h00 retornamos a clínica acompanhados de Laura Araujo e Rivaldo que são nossos vizinhos que estavam nos ajudando na procura de nosso cão, conseguimos falar com o dono da clínica e ele falou que a situação era chata e que estava providenciando um carro de som mas não precisávamos nos preocupar por que animal tem instinto e falou “-cachorro volta”, em seguida ele nos mostrou como Junior conseguiu fugir, mostrou grades amassadas da jaula onde Junior ficou, um colar protetor todo estraçalhado e uma parte da guia da coleira cortada, “como se não bastasse o absurdo de um cachorro poodle doente fazer todo esse estrago ainda nos mostraram uma sala onde Junior ficou sozinho com a boca sangrando depois que perdeu o acesso venoso, está sala é onde a clínica faz a tosa, possui uma escada em espiral e na parte superior apenas uma grade separa da casa vizinha.

O Dr. Souza nos informou que o cão doente subiu esta escada pulou para a grade e saltou para a casa do vizinho ao lado que tem mais de três metros de altura.

O médico Carlos Eduardo relata que Junior fugiu para a casa da vizinha no horário das 22h30 e quem o avisou foi a própria vizinha, o enfermeiro relatou que no horário em que Junior fugiu ele estava na sala de cirurgia com o médico Eduardo onde estava sendo realizado um procedimento cirúrgico em outro animal e antes do animal fugir ele fez o comentário:
– “É, o animal cansou de latir, agora ele vai ficar quieto”.

Após o comentário, alguns policiais estavam chamando os reponsáveis na recepção e ele foi verificar o que acontecia e eles informaram que havia um cão poodle branco com coleira vermelha assustado na avenida em frente a clínica e este enfermeiro afirma ter corrido pela avenida atrás do cão sem conseguir alcançá-lo apesar dos policiais terem fechado o trânsito na intenção de ajudar, fomos embora e voltei à noite com minha noiva para pegar a xerox do prontuário do nosso animal, fomos atendidos pela Dra. Priscila Stang.

Ela nos deu uma declaração dizendo apenas que Junior esteve internado e que foi feito o primeiro atendimento por ela, ela fez o comentário que no dia seguinte, as 06h00 iria até um galpão que fica próximo a clínica pois ela suspeitava que Junior pudesse estar lá, nós informamos que também estaríamos lá nesse mesmo horário para ajudar a procurar.

No dia seguinte como combinado estávamos lá as 05:30 da manhã, esperamos até 06:10 e ninguém da clínica apareceu, eu liguei para a clínica e questionei por que ninguém veio nos ajudar e o dono do galpão não queria autorizar a nossa entrada, alguns minutos após o enfermeiro apareceu sozinho quando nos já tínhamos convencido o dono do galpão que sensibilizou-se com nosso desespero, inspecionamos o local mas o nosso cão não estava lá.

Após isso procuramos o nosso cachorro nos bairros próximos a clínica seguindo pistas de populares, oferecendo recompensa a quem achasse, imprimimos 700 cópias com a foto do nosso cão e enquanto isso até o presente momento a clínica não nos comunicou nada, nem pistas, nem paradeiro, apenas colocaram uma bicicleta com um som anunciando o animal somente no dia 24/10 ànoite, alguns populares viram um carro Santana prata seguindo um poodle branco com um enforcador na segunda pela manhã mas a clínica nega que sejam eles e não nos dão satisfação alguma e ainda nos negam o prontuário do cachorro.

No momento, eles apenas informam que nosso cão estava extremamente agressivo e que não podiam contê-lo, questiono como um poodle de médio porte, doente, e que estava sem se alimentar pode conseguir fugir de uma clínica conceituada e como esta clínica pode cuidar de outros animais se não conseguiram dar conta de um cão poodle debilitado e durante este horário de “agressividade” do nosso cão nós ligávamos de duas em duas horas e nada nos era relatado.

Tentamos ainda ficar com nosso animal mas este direito nos foi negado, falta respeito e consideração pois uma vida a qual estimamos e que para eles não tem valor esta perdida por uma imprudência desta clínica, o erro não é do animal e sim de quem deveria estar capacitado e vocacionado para lidar com vidas.

Observação nome de todos os médicos veterinário envolvidos neste caso:
Dr. Jose de Souza Paixão
Dr. Carlos Eduardo Ferreira Gomes CRMV -0276
Dr. Priscila Siqueira Stange CRMV-475
Quinta Feira
28/10/2010
Jose Elias de Rezende Junior

No dia 28/10 no período da tarde estive no Conselho de Medicina Veterinária de Sergipe, fui atendido pela funcionaria Cátia Costa( Auxiliar Administrativo /CRMV-SE) a mesma deu entrada ao processo de número 408/2010, solicito que a coordenadora do Conselho de Medicina Veterinária me ajude com este caso para que ninguém esqueça o que esta acontecendo com o descaso dos veterinários responsáveis pelo desaparecimento do meu único e eterno cão , solicito ajuda para que a imagem da Medicina Veterinária não seja manchada com alguns veterinários que não tem compromisso com a sua função.

Família está desesperada. Foto: Arquivo pessoal

Junior pelo amor de Deus volte eu te amo muito meu filho.

“JÚNIOR EU NÃO DESCANSAREI ENQUANTO NÃO TE ENCONTRAR.
UM PAI JAMAIS ABANDONA UM FILHO.
TE AMO FILHO E NÃO DESISTO DE VOCÊ.
“JÚNIOR EU TE AMO”

Nota da Redação: O que aconteceu nesta clínica foi extremamente grave. A história dos proprietários da clínica está confusa e pouco plausível. Esperamos que o CRMV de Sergipe apure e puna com justiça. Torcemos para que Junior apareça.

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