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Veterinária esclarece que o cavalo que agonizava em SC foi vítima de carroceiro

23 de novembro de 2009
3 min. de leitura
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Cavalo atropelado na sexta-feira recebeu medicação para não sofrer e foi abatido(Foto: Ana Cristina Keim/Blog Mascotes)
Cavalo atropelado na sexta-feira recebeu medicação para não sofrer e foi abatido (Foto: Ana Cristina Keim/Blog Mascotes)

Os dois cavalos abatidos neste fim de semana no bairro Jardim Eldorado, próximo à Unisul, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), receberam atendimento veterinário e medicação.

Eles foram analisados pela veterinária Melania Schmitt, da companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

A veterinária esclarece o que ocorreu nos dois casos, já que as informações repassadas pela Polícia Militar seriam de que apenas um animal foi encontrado no bairro. Em uma coincidência, os dois cavalos morreram no mesmo bairro, em ruas paralelas.

Ela explica que o primeiro cavalo foi atropelado por um motociclista na rua dos Pintassilgos na sexta-feira à noite, por volta das 21h30. Ele sofreu fratura exposta e não tinha como ser salvo.

O animal estava em um bairro residencial, e a Prefeitura não poderia fazer o enterro durante a noite. Por isso, o cavalo foi medicado para não sofrer e abatido pela Policial Militar no sábado pela manhã. O animal teria sido enterrado por uma máquina da Prefeitura no local, com autorização dos donos do terreno.

Também no sábado, por volta das 22h, a veterinária conta que atendeu a outro chamado na rua Açucena, que é paralela à do local do primeiro caso.

Os moradores da rua encontraram um cavalo agonizando. Ele estava desfalecendo por ter trabalhado em excesso e sentia uma espécie de cãibra generalizada.

Como o animal estava em extremo sofrimento, ele foi medicado e precisou ser abatido na noite de sábado também pela PM. O cavalo foi enterrado no local, segundo a veterinária. O dono não foi encontrado.

A veterinária diz que os dois animais foram mortos com um tiro porque não havia uma injeção letal para ser aplicada, e o abatimento pela PM era a forma mais rápida de aliviar o sofrimento dos cavalos.

Sobre o caso de maus-tratos a um dos animais, a veterinária explica que há três anos entregou à prefeitura de Palhoça o projeto Amigo Carroceiro.

A exemplo do modelo de Lages, a iniciativa visa cadastrar todos os carroceiros do município e emitir uma licença para monitorar a atividade e responsabilizar os tutores que não cuidam dos animais.

O projeto, porém, está engavetado. Com os casos recentes, a veterinária vai buscar apoio da PM para tentar aprovar a lei em Palhoça.

Fonte: Blog Mascotes

Nota da Redação: Cavalos não existem para puxar cargas nem para carregar quaisquer objetos para serventia humana. Um animal que é explorado para carregar ou puxar carroças sofre o tempo inteiro: seja pelo esforço excessivo, seja pela desidratação causada pelas longas caminhadas, seja pela violação do seu direito fundamental à liberdade. Quem será punido por mais esta vida descartada?

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