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ONGs procuram solução para abrigar animais abandonados

8 de novembro de 2009
3 min. de leitura
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Foto: Ricardo Lopes- Diário de Maringá
Foto: Ricardo Lopes- Diário de Maringá

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maringá calcula que 3,5 mil, ou 5%, dos cerca de 70 mil cães e gatos existentes na cidade estão nas ruas. A afirmação do CCZ se baseia em estudos do Instituto Pasteur de São Paulo.

Não há lugar para abrigar todos os animais errantes. As ONGs reclamam que estão lotadas e têm dificuldades com espaço e recursos para manutenção. O CCZ, por sua vez, diz que é um órgão público, que oferece abrigo temporário aos animais até que sejam adotados. Caso contrário, são sacrificados (assassinados). E este é o ponto de conflito entre ONGs e CCZ.

A ONG Sociedade Protetora dos Animais (Spam) recebe entre 10 e 15 ligações por dia para recolher animais em situação de abandono. “O nosso grande limitador é a falta de espaço”, explica Maria Eugênia Costa Ferreira, tesoureira da Spam. A organização reforça que está com aproximadamente 110 animais em um espaço com capacidade para 70.

São 90 associados que dividem despesas e mantêm a organização por meio de colaborações a partir de R$ 20 mensais ou doando ração e remédios. Apenas 50 associados mantêm o pagamento em dia. Isso desequilibra as contas da Spam, que tem uma despesa mensal de cerca de R$ 3 mil, mas uma arrecadação que gira em torno de R$ 1,5 mil. Os animais consomem uma tonelada de ração por mês.

Ação social

Outra ONG, a Anjos dos Animais, fundada em fevereiro passado e que está se estruturando ainda, também reclama do grande número de animais abandonados e da dificuldade em manter os que foram recolhidos.

Diferente da Spam, a Anjos dos Animais encaminha cães e gatos para residências de famílias carentes que se cadastraram para cuidar dos bichos até que sejam adotados. Em troca, estas famílias recebem uma cesta básica por mês, além do alimento e remédios para os animais. Dez famílias estão cadastradas.

A presidente da ONG, Eloisa Murta, diz que a organização conta com 26 voluntários e que há 64 animais esperando por adoção.

Esterilização

Contra a eutanásia e a favor da castração, Eloisa diz que neste ano foram esterilizados 600 animais por meio da ONG. Em 2008, foram 560. A cirurgia é paga pelos associados. A Anjos dos Animais depende de ação de mais voluntários, inclusive para construir um site a fim de divulgar atividades e facilitar a adoção, mas há outras formas de ajudar, como a doação de ração, roupas usadas para bazar, remédios e até ceder um local para abrigo dos animais.

A gerente do CCZ, Marilda Fonseca de Oliveira, destaca a finalidade do centro como um órgão ligado à saúde pública e não exatamente para o abrigo de animais.

O CCZ tem cadastrados cerca de 1.400 tutores que inscreveram seus animais para esterilização, mas alguns têm mais de um bicho de estimação. O centro castra de 3 a 4 cães e gatos diariamente. “A castração é gratuita, por isso é preciso ficar na fila de espera”, explica Marilda.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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