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Número de cágados agredidos em Porto Alegre pode aumentar na primavera

8 de outubro de 2009
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“Desde 2003, o Projeto Chelonia-RS monitora as populações de cágados dos lagos dos parques da Capital. O projeto é uma iniciativa de estudantes e pesquisadores universitários e tem apoio das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente.

Durante os monitoramentos, no Parcão e na Redenção, a equipe tem encontrado muitos animais feridos proposital ou acidentalmente. Os acidentes, em geral, são por atropelamento, quando os animais saem dos limites dos parques. No entanto, são inexplicáveis as ocorrências de animais atingidos por pedras ou pauladas.

Em março, foi resgatada, no Parcão, uma fêmea grávida, provavelmente vítima de atropelamento. Desta fêmea, foram retirados 16 ovos, levados ao Laboratório de Herpetologia da UFRGS, onde foram incubados artificialmente. Nasceram quatro filhotes, que foram libertados na natureza.

Em setembro, na Redenção, a equipe encontrou outra fêmea com ferimentos profundos, que deveria estar se deslocando, à procura de local para construir seu ninho, quando foi agredida. Vimos também pessoas intervindo em atividades de nidificação de diversas fêmeas. A equipe informa aos frequentadores dos parques o comportamento do animal e remedeia a situação, pedindo para que as pessoas não mexam nos animais.”

– Texto enviado pelo professor Clóvis Bujes, coordenador do Projeto Chelonia-RS

O comportamento natural da fêmea é sair da água e caminhar longas distâncias, à procura de um local ideal para a construção de seu ninho. A ninhada pode ter de 2 a 20 ovos nas espécies maiores, e de 2 a 8 nas espécies menores. Os filhotes nascem depois de 20 a 60 dias de incubação e perambulam pelo parque até encontrar o lago.

Para ajudar:

– Não interfira no processo. Não pegue a fêmea para levá-la para a água. Ela saiu do lago para fazer seu ninho e saberá retornar.

– É comum encontrar fêmeas próximo às ruas com movimento de veículos. Neste caso, traga a fêmea (com muito cuidado) para a região mais central do parque. Ela pode ser colocada na margem do lago, onde decidirá entrar na água.

– O que prevê a lei: segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), a punição para quem caça, persegue, maltrata ou aprisiona qualquer espécie de animal silvestre ou domesticado é de multa de 249,44 UFM (Unidade Financeira Municipal), conforme previsto em lei. Cada UFM equivale a R$ 2,36. Denuncie!

– A responsabilidade não é da administração do Parcão. Mesmo assim, Sandra Zeferino, administradora do parque, afirma que os guarda-parques serão orientados a evitar que os animais sejam molestados.

Fonte: Zero Hora

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