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Vitória para os elefantes: Hong Kong anuncia que irá eliminar comércio legal de marfim

15 de janeiro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

A cameraman stands by seized ivory tusks displayed prior to their destruction by incineration in Hong Kong on May 15, 2014.  Authorities incinerated the first batch of its almost 30 tonnes of ivory seized from smugglers. AFP PHOTO / Philippe Lopez        (Photo credit should read PHILIPPE LOPEZ/AFP/Getty Images)

Com 30.000 elefantes africanos mortos a cada ano por seu marfim, colocando a espécie em um risco real e iminente de extinção, ativistas pediram o desmantelamento do comércio global de marfim.

Esta semana, os ativistas dos direitos animais estão comemorando uma grande vitória nesta luta. Hong Kong, dito o maior mercado retalhista do mundo para o marfim, anunciou que iria eliminar progressivamente a venda legal de marfim na cidade.

De acordo com a CNN, o líder de Hong Kong, o Executivo Chefe Leung Chun-ying, disse em seu discurso anual de política que o governo vai “eliminar progressivamente o comércio de marfim local.” Ele também prometeu “aplicar sanções mais pesadas sobre o contrabando e comércio ilegal de espécies em perigo.”

Alex Hofford da WildAid Hong Kong, uma organização que fez campanha para a proibição de marfim na cidade há anos, disse à CNN que o grupo estava “absolutamente contente” com a notícia “fantástica.”

Importações e exportações de marfim foram proibidos em Hong Kong desde 1989, quando a negociação internacional de marfim foi proibida; no entanto, a cidade tem cerca de 400 vendedores licenciados que estão autorizados a negociar o material. No ano passado, um relatório da WildAid revelou como as brechas deste mercado legal estimula o contrabando de marfim e a caça de elefantes.

Marfim apreendido durante operação anti-contrabando em Hong Kong, 2012
Marfim apreendido durante operação anti-contrabando em Hong Kong, 2012

Outro relatório 2015 pela Save the Elephants revelou o quão robusto é o comércio de marfim de Hong Kong. “Nenhuma outra cidade pesquisada tem tantas peças de marfim à venda como Hong Kong,” Esmond Martin, co-autor do relatório, disse à Discovery News. Mais de 30.000 itens, principalmente jóias e estatuetas, foram descobertos em 72 lojas da cidade.

O relatório da Save the Elephants também descreveu Hong Kong como o terceiro maior centro de contrabando do mundo para o marfim depois da Quênia e da Tanzânia. A cidade é um importante ponto de trânsito para o marfim contrabandeado da África para a Ásia – particularmente a China continental, maior consumidora mundial de marfim ilegal. Mais de 90 por cento das vendas de marfim de lojas de Hong Kong foram para os compradores da China continental, descobriu o relatório.

Ativistas disseram que para salvar elefantes africanos da extinção, a ação global contra a caça tem de ser tomada imediatamente.

“Esta espécie pode estar extinta no nosso tempo de vida, dentro de uma ou duas décadas, se a tendência atual continuar,” Dune Ives, pesquisador sênior da organização filantrópica Vulcan, disse ao The Guardian em março passado. “Em cinco anos nós podemos ter perdido a oportunidade de salvar este animal magnífico e icônico.”

*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.

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