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Gatinha filhote morre com três patas arrancadas

13 de junho de 2015
4 min. de leitura
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Fátima Chuecco (Da Redação)

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A maldade humana não tem limites. Uma gatinha filhote, apelidada de Mimosa, foi encontrada essa semana em Salvador (BA) com três patinhas cortadas a sangue frio. Por mais que tentemos, não é possível imaginar o sofrimento dessa criatura inocente e indefesa. Além disso, fica muito difícil aceitar que alguém possa ter sido capaz de tamanha covardia. Depois do caso do cão triturado vivo num caminhão de lixo de uma cidade do Amazonas, que só por meio da matéria na ANDA revoltou mais de 90 mil pessoas e foi pelo site R7 compartilhado por mais de 70 mil, muita gente achou que nada pior pudesse acontecer. Mas aconteceu. E é necessário que as pessoas do bairro, da região desse crime, busquem o autor. É certamente uma pessoa que já faz esse tipo de coisa há algum tempo e continuará fazendo.

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Pessoas se mobilizaram para salvar a gatinha, mas tão novinha não resistiu. “Mimosa ficou muito tempo com hemorragia, as feridas estavam muito infeccionadas, muita dor, temperatura muito baixa. A nossa equipe toda se sensibilizou e deu de tudo para salvar a vida dela, mas infelizmente não conseguimos” – publicou em seu facebook a Clínica Divertics Pet & Hotel, de Pituba, Salvador (BA), telefone (71) 2137-9711 . Se a perda de três membros já não seria fácil para um animal adulto, então imaginem para uma filhotinha sozinha, sem a mãe e jogada na rua. E esse é só mais um caso escabroso dentre os muitos outros que tem ocorrido pelo país. Recentemente também foram encontrados três filhotes de cachorro num saco de lixo. Estavam congelados, como se tivessem sido retirados de um freezer, mas dois ainda estavam com vida. O terceiro tinha orgãos internos retirados, um buraco imenso na barriga. Algumas dessas monstruosidades são até expostas no youtube ou no facebook dos criminosos com o intuito de perturbar uma população que se sente acuada, impotente diante de tanta maldade.

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Vale lembrar
Mais de 80 mil crianças desaparecem no Brasil todos os anos sem deixar qualquer vestígio e sem qualquer pedido de resgate. Elas simplesmente somem. Boa parte dessas crianças caem nas mãos de indivíduos capazes de crueldades como essa cometida com a gatinha Mimosa, com o cão triturado vivo ou os cachorrinhos congelados vivos. Estudos mostram que mais de 85% dos psicopatas primeiro treinam em animais antes de migrar para vítimas humanas e, muitas vezes, sequestram crianças para praticar suas maldades. Orgãos públicos, Polícia e sociedade deveriam estar atentos a indivíduos que maltratam, torturam e matam animais. É somente detendo esses sujeitos que será possível salvar também muitas vítimas humanas. No entanto, no Brasil, a população está desamparada de leis que possam oferecer proteção contra assassinos cruéis. Eles agem livremente de dia e de noite e até na frente de outras pessoas (como foi o caso do cão triturado vivo) sem qualquer constrangimento.
Além disso, há uma triste constatação: apenas um indivíduo pode causar muito sofrimento a um ou mais animais indefesos em questão de segundos. Para salvar as vítimas, no entanto, é necessário a moblização de muitas pessoas no resgate, tratamento veterinário emergencial, coleta de dinheiro e lar temporário. Para causar o mal basta um. Para salvar uma vida é necessária a união de muitas pessoas num longo e duro trabalho que, apesar dos esforços, nem sempre dá bom resultado tamanho o estrago feito no animal. Para a população em geral restam dois caminhos: ajuda direta as pessoas que socorre os animais vítimas desses assassinos e/ou identificação/denúncia dos criminosos. Ainda que eles não terminem na cadeia, ao menos, são desmascarados e com isso podem ser monitorados pela vizinhança obrigada a conviver com eles. Uma vez descobertos podem também ser denunciados nas empresas que trabalham, nos grupos/escolas/locais que frequentam. Podem perder o emprego e ficarem isolados.
É isso que a população pode fazer enquanto não existe lei que os prenda. O sujeito que corta três patas de uma gatinha é de altíssima periculosidade para animais e também para pessoas. É óbvio. Se faz isso com animais pode fazer com crianças. Mas estamos num país que embora tenha avançado em muitas questões relacionadas aos animais, como o fim da matança de cães e gatos de rua pelos CCZs em vários Estados, ainda está extremamente atrasado no tocante as leis. Indivíduos capazes de atrocidades com animais são um perigo para toda a sociedade e eles estão em toda a parte, muitas vezes disfarçados de um bom vizinho. É necessário identificá-los, denunciá-los e monitorá-los. Nos EUA, a partir de 2016, assassinos de animais serão julgados como qualquer outro criminoso. No Brasil o cenário é surreal: por mais que existam provas e testemunhas das atrocidades, esses assassinos (psicopatas ou não), quando condenados, pagam cesta básica ou serviço comunitário. A população é obrigada a conviver com isso, expondo seus animais, filhos e netos a tamanho perigo.

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