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Reunião em Belém discute situação de superpopulação de cães em Santa Cruz do Arari

7 de junho de 2013
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Em uma espécie de curral, cães foram mantidos amarrados. Eles apresentavam ferimentos. (Foto: Reprodução/ Aragonei Bandeira)
Em uma espécie de curral, cães foram mantidos amarrados. Eles apresentavam ferimentos. (Foto: Reprodução/ Aragonei Bandeira)

Uma reunião foi realizada na Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) nesta quinta-feira (6), em Belém, para discutir a questão da superpopulação de cães na Ilha do Marajó. O encontro foi um pedido da Associação dos Municípios do Arquipélago, que teria sido procurada pela prefeitura de Santa Cruz do Arari para buscar junto à Sespa orientações sobre a superpopulação de cães no município do Pará.

A reunião foi motivada após a denúncia de que cerca de 300 cães foram capturados de forma ilegal e também estariam sendo exterminados, a mando do preito de Santa Cruz do Ararari, Marcelo Pamplona (PT). A prefeitura negou a acusação e disse que no dia 27 de março de 2012 encaminhou ofício à Sespa solicitando uma equipe para a captura e morte dos animais, já que o município não teria profissionais para realização destes procedimentos.

A Sespa, no entanto, afirmou não ter recebido qualquer pedido de ajuda da prefeitura referente à superpopulação de cães e que reprova a medida adotada no município.

“A gente vai encaminhar na próxima semana uma equipe até Santa Cruz para fazer o levantamento epidemiológico na área e ver as medidas que devem ser adotadas. Quando os cães trazem risco à saúde da população é necessário que hajam intervenções”, disse Reinaldo Lima, coordenador estadual de zoonoses da Sespa. Ainda de acordo com a secretaria, existem hoje cinco centros de zoonoses para atender os 144 municípios do Pará, localizados na capital paraense e em Castanhal, Marabá, Santarém e São Geraldo do Araguaia.

“Toda medida de controle, todo levantamento e toda informação de controle de zoonoses deve ser feito por um profissional habilitado e capacitado para tal”, reiterou o Reinaldo Lima.

Entenda o caso
A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou a caça a cães instituída pelo prefeito Marcelo Pamplona (PT). Segundo os moradores, a prefeitura, no último dia 28, pagou pela caça de cães e cadelas, e os animais capturados cruelmente teriam sido mortos.

O prefeito reconhece que fez a captura dos cachorros, mas nega que tenha matado os animais: segundo ele, os bichos foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a proliferação de doenças na cidade.

Vídeos registraram cachorros sendo laçados por crianças e levados até canoas, onde foram amontoados no porão da embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos. As imagens mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade.

A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, abriu inquérito, na terça-feira (4), para apurar o caso. Na próxima quinta-feira (6), uma equipe da delegacia deve chegar a Santa Cruz do Arari para apurar as denúncias sobre o caso.

O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e criminal.

Fonte: G1

Nota da Redação: Essa atitude criminosa não deve passar impune. O Prefeito de Santa Cruz do Arari deve ser severamente punido por essa atitude vil e covarde, assim como os envolvidos na captura e assassinato desses mais de 300 animais. O Ministério Público deve investigar e a punição para esse crime absurdo deve ser determinada com rigor. Assine a petição que pede seriedade na investigação e punição severa para esses criminosos. Assine aqui

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