EnglishEspañolPortuguês

ONG portuguesa consegue salvar dois touros da morte através da adoção

7 de junho de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O destino de Marreta, um dos touros fugitivos de Viana do Castelo, já não será a morte, como estava previsto no último dia seis de maio, dia em que partia para o matadouro juntamente com outro “colega” de estábulo. Ao fim de algumas semanas de apelo, o movimento Touros em Fuga, que já junta cerca de 1500 pessoas nas redes sociais, anunciou ter conseguido o apoio de um “parceiro institucional” pelo que a adoção do touro pode estar iminente.

“É com enorme satisfação que torno público que Touros em Fuga encontrou um parceiro institucional que se disponibiliza integralmente a assegurar as condições de vida futura deste animal, de acordo com os pressupostos de garantia de condições de vida plena”, explicou o dinamizador deste movimento, Miguel Dinis. O atual tutor, Manuel Farinhoto, tinha já confirmado que iria esperar e o negócio da venda da carne dos dois animais para um matadouro de Ponte de Lima, por 2500 euros, foi mesmo desfeito, à espera de alguém que desse continuidade ao resgate dos animais, escapando assim do matadouro, para viverem em liberdade.

“Já tive uma conversa telefônica com senhor Manuel Farinhoto, na qual informei-o da disponibilidade desta entidade [privada], em desenvolver um diálogo negocial com vista ao alcance de um acordo”, explicou Miguel Dinis. Os detalhes da negociação, bem com o nome da entidade interessada em adotar a nova vida dos animais, deverão ser conhecidos nos próximos dias. Aquele movimento procurava uma empresa para patrocinar a adoção dos dois animais a Manuel Farinhoto, pagando “preço justo” exigido pelo atual tutor, mas travando o fim desta história no matadouro. “Abre-se um novo destino para os dois animais, para que esta história que tinha um final traçado acabe de forma bem diferente”, explicou o fundador do movimento, um publicitário de Lisboa, que tem articulado o processo com o tutor dos animais, de Perre.

Os dois animais pesam meia tonelada cada e cerca de metade em carne que seria vendida para o matadouro, conforme negócio que já estava acertado com o tutor, de 66 anos, e que assim esperava terminar uma “carreira” com cerca de 50 anos. O segundo touro continua desaparecido, e poderá ter subido às zonas mais altas da serra. Para já, o mais violento dos dois touros que fugiram no dia seis de maio continua a ganhar peso, após seis dias de fuga pelo monte até ser capturado por mais de uma dezena de populares de Outeiro, em Viana do Castelo. “Não queremos que sejam sempre os mesmos, os amigos dos animais, a pagar pelo apoio. As empresas têm que participar”, assumia Miguel Dinis. Nas redes sociais, várias empresas receberam pedidos públicos para garantirem o financiamento desta operação. “São animais explorados para proveito das empresas, que não têm nenhuma contrapartida, e ainda aparecem nas embalagens dos produtos a rir, pintados, como mascotes”, recorda este publicitário, que lidera o Touros em Fuga.

Fonte: Diário de Noticias

Você viu?

Ir para o topo