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Irmão de prefeito de Santa Cruz do Arari (PA) depõe no MPE

2 de setembro de 2013
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Vídeo mostra crianças participando de çaça a  os cachorros. (Foto: Reprodução/ Aragonei Bandeira)
Vídeo mostra crianças participando de caça a
os cachorros. (Foto: Reprodução/ Aragonei Bandeira)

O irmão do prefeito de Santa Cruz do Arari, Marcelo Pamplona (PT), prestou depoimento nesta sexta-feira (30), no Ministério Público do Estado (MPE). Luis Carlos Beltrão Pamplona foi ouvido pelo procurador de Justiça Nelson Pereira Medrado e pela promotora de Justiça Jeanne Maria Farias de Oliveira. O MPE informou que ele assumiu toda a responsabilidade pela captura e envio de 100 cães à região do Francês, na Ilha do Marajó, e que utilizou a infraestrutura da prefeitura para a ação.

De acordo com o MP, Luis Carlos informou que os cachorros foram enviados para a localidade em forma de doação, conforme pedido de um morador daquela região. O pedido para que os cães fossem doados, segundo Luis Pamplona, teria sido feito por escrito. O MP informou ainda que o irmão do prefeito disse que o município estava com superpopulação de cães e colocava em risco a saúde da população.

Ainda no depoimento, o MP disse que Luis negou que os animais tenham sofrido maus-tratos e que os métodos de captura utilizados são tradicionais no município. Ele teria ainda creditado a popularização do assunto a uma trama de inimigos do prefeito.

O depoimento do prefeito Marcelo Pamplona foi remarcado pelo MP para quarta-feira (4), na sede do órgão em Belém.

Entenda o caso  

A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou à caça a cães que teria sido instituída pelo prefeito Marcelo Pamplona (PT). Segundo os moradores, a prefeitura pagou por cães e cadelas, e os animais apreendidos teriam sido mortos.

Na época, o prefeito reconhece que fez a captura dos cachorros, mas nega que tenha matado os animais: segundo ele, os bichos foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a proliferação de doenças na cidade.

Vídeos registraram cachorros sendo laçados por crianças e levados até canoas, onde foram amontoados no porão da embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos. As imagens mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade.

A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, abriu inquérito para apurar o caso. O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e criminal.

Fonte: G1

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