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Associação no México promove eutanásia de animais como "combate aos maus-tratos"

31 de maio de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

A Associação Ativa para a Supressão da Crueldade contra Animais, de Benito Juarez, no México, “combate” a violência contra cães por meio da eutanásia, alegando, com isso, “colocar um fim” aos maus-tratos a animais.

Com mais de 30 anos de serviço, a associação pratica o sacrifício de animais como a principal ação de combate à violência e negligência para com animais de estimação.

“Enviamos uma carta ao tutor do animal, seja ele quem for, dizendo o que está acontecendo e citando as leis existentes em matéria de proteção animal”, disse Leticia Saldanha, coordenadora da associação.

“Fazemos uma série de recomendações e sugestões para um desenvolvimento saudável do animal de estimação”, disse ela. No entanto, quando recebem um animal maltratado, aplicam uma injeção letal, um método que Leticia Saldanha define como o conceito de “morrer bem”, que evoca a ideia da eutanásia voluntária, que se aplica a pessoas.

A ONG não tem abrigo por causa da dificuldade de encontrar lares para os cães que recebem.

“Por esta razão, todos os animais que entram aqui, ou ao quais tenhamos acesso por intermédio de um telefonema são sacrificados. Optamos por ajudar os cães a morrer de uma forma humana, nós preferimos colocá-los para dormir em vez de continuarem sofrendo maus-tratos e humilhações nas ruas”, disse ela.

Com informações de PrensAnimalista

Nota da Redação: Os animais têm direito a uma vida digna. Em vez de apoiar a prática de eutanásia, a sociedade deveria exigir penas mais severas para coibir os maus-tratos a animais, que incluem o abandono. É necessário uma mudança cultural, uma quebra de paradigma, para que os animais não sejam mais vistos como objetos ou coisas que podemos simplesmente descartar. Os animais precisam ser protegidos para que não sofram nas mãos dos seres humanos. Ao promover a morte de animais, não só assumimos um posicionamento muito distante da garantia de proteção a uma vida digna para os animais, como acabamos por favorecer aqueles que promovem a falta de respeito ao direito à vida, inerente também aos animais. Os animais certamente não escolheriam a morte: mesmo habitando esse mundo com humanos sádicos, não pertence a eles essa perversa ideia suicida de abrir mão de tudo: eles querem o que lhes é de direito – a vida.

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