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Número de animais abandonados cresce durante fim de ano

27 de dezembro de 2015
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Divulgação
Cães do abrigo (Divulgação)

Todo ano é mesma coisa: basta chegar a época de férias e de festas de fim de ano que o número de resgate de animais abandonados cresce de forma considerável no Rio de Janeiro. Segundo a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, enquanto a média de abandonos em 2015 foi de 28 animais por mês, somente em novembro foram 95. Nos primeiros dez dias de dezembro, 45. Na Sociedade União Protetora dos Animais (Suipa), maior abrigo para animais do estado, entre novembro e março, o aumento fica em torno de 40% em relação aos outros meses do ano. As razões para este cenário desolador são diversas.

— Os principais argumentos são “vou viajar e não tenho onde deixar meu animal” e “meu filho ganhou um filhote de presente e não posso ficar”. Além disso, há quem atribua o abandono a uma mudança de residência, à idade do cão e ao fato de o companheiro não gostar do animal — conta a diretora-presidente da Suipa, Izabel Cristina Nascimento.

Segundo ela, a maior parte dos animais abandonados são filhotes ou têm entre 2 e 5 anos, sem raça definida. A Zona Oeste e a Zona Norte lideram o ranking do abandono, diz. Para Izabel, o costume de presentear amigos e parentes com animais domésticos em datas especiais representa um grande problema, pois nem sempre estão dispostos a cuidar deles.

— Vida não se compra ou se dá de presente. É preciso ter mais respeito pelos animais — afirma.

O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, Reynaldo Velloso, defende que, antes de adotar um animal, alguns pré-requisitos devem ser observados pelo tutor em potencial.

— A família deve dispor de um local apropriado para o animal viver, ter condições financeiras para alimentá-lo e garantir cuidados veterinários adequados e dispor de tempo para cuidar dele – incluindo na programação diária passeios e exercícios com o animal. Todas essas condições devem ser mantidas por 10 a 20 anos, enquanto o animal viver — diz.

Para combater o problema, Izabel defende que é fundamental educar a população.

— É preciso conscientizar as pessoas de que os animais dependem de nós. Assim como bebês, precisam de cuidados diários, como alimentação, proteção e carinho. Os abandonos ocorrem porque muitas pessoas consideram que os animais são objetos ou brinquedos que não sentem dor, frio, fome ou saudade. Adotar deve ser um ato de amor e compaixão — defende.

Crime

Introduzir ou abandonar animais em propriedade alheia, sem consentimento do tutor e resultando em prejuízo, é crime. A pena é de detenção de quinze dias a seis meses, ou multa. Praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados pode resultar em pena de três meses a um ano de detenção, e multa.

Fonte: Extra

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