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Após publicação de denúncia na ANDA, TAM suspende transporte de animais para laboratórios

26 de fevereiro de 2012
4 min. de leitura
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Por  Fátima Chuecco (da Redação)



A matéria sobre a denúncia da British Union for the Abolition of Vivisection
(BUAV), de que a TAM transportava primatas para laboratórios, publicada no Brasil com exclusividade pela ANDA provocou uma grande mobilização de defensores de animais e da sociedade em geral contra a política anti-ética da empresa nas redes sociais. Um abaixo assinado foi criado para protestar contra a TAM, que recebeu milhares de emails em repúdio.

Diante da repercussão, a empresa aérea enviou à ANDA um comunicado ofical no qual se compromete a não mais transportar animais para pesquisas em laboratórios, estudos científicos ou exploração comercial visando a esses fins.

Leia abaixo a nota oficial na íntegra, enviada pela assessoria de imprensa da TAM:

Em relação à reportagem “TAM é acusada de transportar macacos para laboratórios”, publicada no dia 31 de janeiro de 2012 pela ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais), a TAM Linhas Aéreas revisou seus procedimentos internos a respeito do transporte de animais vivos, seguindo as melhores práticas do setor de aviação, e a TAM Cargo, a unidade de cargas da companhia, não realiza mais o transporte de primatas nem de quaisquer outros animais domésticos, domesticados, silvestres ou exóticos para pesquisas em laboratórios, estudos científicos ou exploração comercial visando a esses fins. A TAM Cargo mantém sua parceria com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para o transporte gratuito de animais silvestres apreendidos de volta a seu habitat natural.

Luta pela ética

Foto: Projeto Mucky

No site do Ibama também não é segredo que há intercâmbio de animais para fins de estudos científicos. As vítimas da vivissecção nascem em criadouros certificados pelo órgão. Os experimentos incluem famílias inteiras de saguis como mães e seus filhotes. Alguns saguis brasileiros como o Cebuella pygmaea, o Callithrix e o Saguinus eodipus são usados como cobaia. Os estudos citam até o Leontopithecus rosalia que é nosso mico-leão-dourado.

No Brasil, o Projeto Mucky luta há mais de 25 anos pelo bem-estar e proteção dos primatas brasileiros, principalmente saguis e bugios. Lívia Botár, fundadora da entidade que mantém mais de cem animais vítimas de tráfico, queimadas e maus-tratos, lamenta que os macacos brasileiros ainda tenham esse fim.

“Trabalhando com a recuperação de primatas, a cada dia cresce mais nosso respeito por tudo o que nos ensinam. Sua dor torna-se nossa dor. Para sermos mais humanos precisamos nos empenhar em aliviar sofrimento ao invés de causá-lo. Precisamos alcançar uma nova humanidade, avançada e justa, para garantir a sobrevivência de todos na Mãe Terra”, comenta Lívia.

Ibama

“Estamos investigando através da nossa superintendência em SP e
assessoria de inteligência da diretoria de fiscalização”. Foi com essas breves  palavras que Reginaldo Anaissi Costa, diretor do Departamento de Uso Sustentável da Biodiversidade e Floresta (DBFLO/IBAMA), respondeu ao ser questionado sobre o envio de macacos brasileiros, especialmente sagüis, ao Centro Médico da Universidade de Nebraska (EUA), para experimentação científica.

Inclusive, a carga viva transportada pela TAM descoberta pela BUAV tinha destino a esse Centro Médico localizado na cidade de Omaha. A instituição tem permissão e não esconde suas atividades com pequenos primatas brasileiros e de outros países.

De olho
A TAM decidiu não transportar mais animais para experimentação no Exterior, mas o Ibama ainda autoriza o intercâmbio deles. Portanto, outra empresa aérea ou marítima pode se encarregar dessa tarefa. Agora é a vez de pressionar o Ibama para não permitir mais que nossos primatas tenham esse destino cruel nas mãos de estrangeiros.

Escreva para os emails abaixo e proteste:
Presidente do IBAMA:
[email protected]
[email protected]

Chefe do gabinete da presidência do IBAMA:
[email protected]

Diretor do DBFLO/IBAMA – departamento responsável pelo uso da biodiversidade brasileira
[email protected]

Diretora do Centro Médico da Universidade de Nebraska que faz uso de primatas brasileiros em suas experiências:
Vimla Band    [email protected]

BUAV

A BUAV é uma organização britânica que há mais de 100 anos trabalha para erradicar a vivissecção. Para conhecer o excelente trabalho, acesse o site da ONG.

Nota da Redação: A ANDA mais uma vez agradece a mobilização das pessoas que fizeram a diferença para os animais.

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