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Caçadores se divertem ao matar leão por 12 mil libras e tirar fotos com o corpo

25 de março de 2016
4 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: France 4
Foto: France 4

Um vídeo divulgado recentemente na Internet revela o momento em que caçadores turistas atiram fatalmente em um leão na África do Sul após terem pago 12 mil libras (valor equivalente a cerca de R$ 62.880,00) para matá-lo e posarem ao lado de seu corpo inerte.

No início da gravação, o grupo de homens aparece apontando as suas armas para um matagal; então, um tiro é disparado e eles correm por um caminho de terra para ir ver o animal que jazia derrubado ao chão.

Foto: France 4
Foto: France 4

A seguir, surgem as imagem dos homens cercando o enorme felino macho. Primeiramente, um deles se aproxima do animal e mexe em seu focinho com a ponta da arma, para certificar-se de que estava morto. Ao confirmar, ele se afasta rindo satisfeito, Os dois outros sorriem e se abraçam, e um outro diz: “Parabéns, muito bom”.

Caçadores se cumprimentam após matarem o leão. Foto: France 4
Caçadores se cumprimentam após matarem o leão. Foto: France 4

A identidade dos envolvidos não foi revelada, mas uma entrevista com um dos caçadores é feita em francês.

Um deles é indagado acerca de como se sente após ter caçado o animal. A resposta: “Não sei. Não consigo explicar. É um animal muito bonito. Estou feliz, ele é uma beleza, mas depois eu senti uma mistura de emoções: arrependimento, alegria, tudo. Foi bom, foi uma ótima caçada”.

Foto: France 4
Foto: France 4

Um dos membros do grupo é então filmado acariciando um dos lados do animal e depois preparando-o para que os turistas façam fotos com seu “troféu”. A cabeça do leão é erguida pela juba e pelas orelhas. Um dos homens diz: “Ponha a língua dele pra dentro”. O atirador então se ajoelha ao lado do corpo para uma sessão de fotos.

Um caçador ironicamente acaricia o corpo do animal antes de prepará-lo para as fotos. Foto: France 4
Um caçador ironicamente acaricia o corpo do animal antes de prepará-lo para as fotos. Foto: France 4
A cabeça do animal é puxada para cima pela juba enquanto um homem diz: "Ponha a língua de volta para dentro". Foto: France 4
A cabeça do animal é puxada para cima pela juba enquanto um homem diz: “Ponha a língua de volta para dentro”.
Foto: France 4
Foto: France 4
Foto: France 4

A gravação surgiu depois do príncipe William (da Inglaterra) ter provocado polêmica ao declarar publicamente que havia espaço para a “caça comercial” não só na África do Sul como no resto do mundo. Ele admitiu apoiar a “caça esportiva” – justamente depois da divulgação da celebração de um tratado histórico que visa ao fim do tráfico internacional de marfim e de chifres de rinoceronte. O príncipe, de 33 anos, enfrentou críticas após a declaração.

Príncipe William admitiu apoiar a caça - logo após apresentar um acordo histórico com o objetivo de parar o comércio internacional de chifre de marfim e rinocerontes. Foto: ITV News
Príncipe William admitiu apoiar a caça – logo após apresentar um acordo histórico com o objetivo de parar o comércio internacional de chifre de marfim e rinocerontes. Foto: ITV News

William, que é presidente da “United for Wildlife”*, expressou sua opinião durante uma entrevista ao canal britânico ITV News. Ao ser questionado sobre como se poderia conciliar tal prática com sua “apaixonada luta pelo meio ambiente”, o futuro rei respondeu que deve-se permitir que os animais idosos possam ser “abatidos por esporte” (sic). “Há lugar para a caça comercial na Africa, como em qualquer lugar do mundo, embora nem todos a defendam”, disse ele.

O príncipe, no entanto, respondeu que o assassinato do leão “Cecil” (morto em 2015 pelo dentista norte-americano Walter Palmer numa reserva do Zimbábue) tinha sido um fato “imperdoável”.

O porta-voz do palácio de Kensington anunciou: “É importante notar que o príncipe salientou que é algo que ele nunca faria. Mas um número importante de conservacionistas acredita que a caça comercial seja parte do esforço para salvar animais”.

Uma fonte da família real acrescentou: “Em países como a Namíbia, as autoridades dizem que a industria da caça comercial é parte importante dos seus esforços para conservação de espécies”.

*A “United for Wildlife” é uma organização criada pela Fundação Real do Duque e da Duquesa de Cambridge e Principe Harry. É comandada pelo duque de Cambridge – ou seja, pelo príncipe William.

Veja o vídeo:

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