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Baleia é salva após ficar presas em redes em Penha (SC)

25 de junho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A união de esforços resultou no salvamento de um raro visitante. Preso em meio a redes irregulares de pesca e à produção de maricultura, um filhote de baleia Jubarte precisou da ajuda de “homens do mar” para sair da baía de Armação, em Penha, e tentar reencontrar seu caminho rumo a Abrolhos, litoral sul da Bahia, para a temporada de acasalamento. A operação, que aconteceu na terça-feira, 16, teve a participação de um corajoso mergulhador.
“O Gringo mergulhou e entrou na boca do animal para retirar as redes. Ele é meio maluco”, definiu em tom de descontração o professor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar da Universidade do Vale do Itajaí (CTTMar/Univali), Gilberto Manzoni. Seu comentário faz referência a Alejandro Diaz, o Gringo, que por volta das 15h30 de terça-feira, mergulhou e fez a retirada do material que impedia a baleia de nadar e a mataria.
“Não pensei no perigo. Ela era mansa e estava com a boca aberta, entrei e tirei toda a rede que estava até a garganta. Foi uma ação rápida e que salvou a vida dela”, definiu Gringo, uruguaio, mas que mora em Penha há cerca de quinze anos. “Certamente um dia para nunca ser esquecido. Uma história para contar aos meus netos”, acrescentou o mergulhador de 50 anos de idade e que em seu cotidiano se aventura nas profundezas do mar junto à produção de mexilhões de Penha.
Esse foi o segundo salvamento do filhote, que tinha aproximadamente 6 metros. Na segunda-feira, 15, um grupo de pescadores conseguiu soltar o animal de dentro de uma região de cultivo de mariscos, também em Armação. Dalí, a Jubarte seguiu para a região da Praia do Trapiche, onde também teve problemas com redes irregulares. No fim do dia, de terça-feira, ela foi avistada pela última vez, agora na Praia do Cascalho.
“É um animal que se perdeu da mãe, muito provavelmente. Esperamos que ele a tenha encontrado, caso contrário, não conseguirá chegar até Abrolhos”, definiu o professor Gilberto. Pescadores de camarão relataram terem visto, na terça-feira, uma segunda baleia – essa de maior porte – em alto mar e que poderia ser a mãe do filhote salvo na baía de Armação. O grupo também optou por se afastar do filhote para não cansá-lo ou provocá-lo.
As baleias são animais protegidos por Leis Federais e Ambientais, sendo proibida sua captura, perseguição ou perturbação, sob pena de multa, prisão e apreensão da embarcação utilizada no ato criminoso. Além disso, a distância máxima para se aproximar dos cetáceos, com os motores da embarcação ligados, é de 500 metros. Ou seja, chegando ao limite máximo de aproximação os motores devem ser desligados e a partir daí, a baleia por ser muito curiosa poderá se aproximar da embarcação.
Fonte: Jornal do Comércio

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