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Vídeo mostra galinhas sendo tratadas como objetos em matadouro no Texas

23 de setembro de 2015
2 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: ALDF

A ONG Animal Legal Defense Fund (ALDF) divulgou um vídeo secreto obtido por um repórter disfarçado que se infiltrou no matadouro Tyson Foods no Texas (EUA). De acordo com a ALDF, as imagens revelam um sistema de exploração tanto de funcionários quanto dos animais não humanos. As informações são do Ecowatch.

“Os funcionários da empresa Tyson Foods relacionam-se com as galinhas como se elas fossem objetos e não seres vivos e sensíveis”, disse o investigador anônimo da ALDF. “Elas não eram nada mais que mercadorias. Parecia não importar a ninguém se as galinhas se machucassem ou morressem no processo ‘pré-abate’. É apenas parte do negócio”.

Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=d8PO3MQaDts

Os abusos a funcionários e animais em fazendas pecuaristas têm sido muito documentados. Investigações secretas da ONG Mercy for Animals em Julho revelaram condições igualmente deploráveis em outra unidade da Tyson. E uma investigação similar em fornecedores de ovos da Costco pela Humane Society no início deste ano mobilizou Ryan Gosling, Brad Pitt e Bill Maher a pedir à gigante varejista que fizesse mudanças.

“Nossa investigação prova que o tratamento cruel às galinhas pela Tyson Foods não é um incidente isolado, mas um problema sistemático e global”, diz Stephen Wells, diretor executivo da Animal Legal Defense Fund. “A Tyson Foods está colocando os lucros acima não apenas dos padrões éticos, mas também das leis estaduais e federais”.

A ALDF está pedindo ao procurador geral do estado de Delaware, onde a Tyson Foods está incorporada, que “investigue e puna a companhia”. A ONG também entrou com ações contra a Tyson Foods em três diferentes agências governamentais – o Departamento de Agriculture (USDA), a Occupational Safety and Health Administration (OSHA) e a Securities and Exchange Commission (SEC).

Segundo denúncias da ALDF, a Tyson processa 250 mil aves por dia, o que significa 140 por minuto – número que está “muito além das exigências de bem estar animal e segurança alimentar”, e também coloca em risco a segurança dos trabalhadores.

Na SEC, a queixa é de que a Tyson “exagera a priorização dos lucros e com isso desobedece a normas corporativas e desrespeita investidores”. A ALDF diz que a  empresa está muito ciente das condições de trabalho em suas unidades, bem como das flagrantes violações de bem estar no processamento das aves.

Nota da Redação: No que diz respeito aos direitos animais, não existe meio termo, nem números ideais para processamento de aves na indústria. Isso é bem estarismo. A ANDA é contra a exploração de animais para consumo humano, e a investigação da ALDF é mais uma dentre tantas, que comprovam a crueldade inerente em qualquer sistema de matadouro.

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