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Justiça condena cinco pessoas que agrediram protetores de animais na puxada de cavalos em Pomerode (SC)

22 de dezembro de 2011
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Agressão foi em abril de 2010 - Rafaela Martins

Os cinco homens acusados de agressão contra protetores de animais e um cinegrafista, dia 18 de abril de 2010, durante uma puxada de cavalos no Clube Germano Tiedt, foram condenados pela Justiça. A sentença, em primeira instância, saiu segunda-feira. Os acusados, que podem recorrer, ainda não foram intimados para tomar conhecimento da decisão.
As condenações de Ivo Just, Miro Just, Osni Just, Ademir Schwanz e Elio Betta variam de quatro meses a dois anos e 11 meses de reclusão em regime prisional aberto, além do pagamento de R$ 760,43 para Barbara Lebrecht, vítima da agressão. Na decisão, a juíza Iraci Satomi Kuraoka Schiocchet declara que a “reação esboçada pelos organizadores da puxada ultrapassou os limites da razoabilidade e descambou para uma série de agressões físicas, as quais foram analisadas de forma individual, ante o grande número de vítimas e acusados.”
A partir da intimação, os acusados terão cinco dias para recorrer da sentença, explica o advogado que representa as vítimas, Honório Nichelatti Júnior.
— Falei com as vítimas e elas ficaram satisfeitas com a condenação dos culpados, pois a agressão não saiu impune. O próximo passo será conversar com os feridos para ver se entraremos com um pedido para reparação de danos morais.
Feliz com a notícia, que recebeu ontem, Barbara Lebrecht acredita que este é o primeiro passo para a concretização de um objetivo maior: a proibição da puxada de cavalos.
— Vamos lutar até o fim pela condenação dos agressores e pelo fim desta crueldade disfarçada de tradição. Eles têm de pagar pelas maldades que fizeram conosco e também com os animais — diz a protetora dos animais.
Mesmo após duas cirurgias, Barbara ficou com uma lesão permanente na perna em razão da violência sofrida em Pomerode. No dia da agressão, associações de defesa animal organizaram um protesto em frente ao local onde ocorria a puxada de cavalos. Manifestantes e jornalistas foram agredidos com socos, pauladas, pedradas e ovos.
Para a presidente da Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), Evelin Huscher, que também foi agredida com sarrafadas, o próximo passo é tentar proibir a puxada através de um projeto de Lei da Deputada Estadual Ana Paula Lima.
Contraponto
O que diz o advogado dos acusados, Teru Batista Alves Torres: Torres disse ontem (21) que não teve conhecimento da sentença e que só depois que os clientes forem intimados, o que deve ocorrer no começo de janeiro, vai se manifestar sobre o caso.
Fonte: Diário Catarinense

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