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Leões são envenenados por fazendeiros no Quênia

16 de dezembro de 2015
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Três fazendeiros foram indiciados após oito leões terem sido encontrados envenenados na reserva nacional Maasai Mara no Quênia. As informações são do Ecorazzi.

Os leões, que sofreram intoxicação depois de terem comido a carcaça de uma vaca misturada com veneno, eram do bando (“pride”) de Marsh, que foi apresentado no programa “Big Cat Diary” da BBC. Após o incidente, eles foram encaminhados para tratamento, mas dois outros leões que não pertenciam ao bando não resistiram, incluindo Bibi, uma leoa de 17 anos de idade.

Acredita-se que os animais tenham sido envenenados por vingança pela morte de três vacas que eram exploradas pelos fazendeiros do local. A reserva tem sido invadida por uma crescente população de pastores e aldeões que brigam pelas terras para criação de animais para consumo humano. Eles colocam milhares bovinos na reserva todas as noites para pastarem, tornando-os presas para predadores, como leões. Quando bovinos são mortos, os fazendeiros fazem a “retaliação” com veneno.

O especialista em safari Brian Jackman, cujo livro “The Marsh Lions” inspirou a série da BBC, ficou devastado com a notícia.

“Estou absolutamente desolado”, disse ele ao The Telegraph. “Elas eram leoas tão bonitas e maduras. Bibi era uma das grandes matriarcas dos Marsh. Elas eram tão conhecidas que se podia reconhecê-las como fazemos com o cão ou gato da nossa família. Você passa a conhecer toda vida delas”.

Jackman, que vem observando o bando desde 1982, acrescentou: “Essas mortes não são apenas uma tragédia que se soma às mortes dos leões de toda a África, como também representam uma experiência de luto real”.

No entanto, o serviço de vida selvagem do Quênia sugere que Bibi pode estar viva, enquanto não confirmou se todos os oito leões que estavam em tratamento se recuperaram na desintoxicação.

Segundo a reportagem, com apenas 2.000 leões remanescentes na natureza do Quênia, o incidente do envenenamento poderia ter resultado em uma tragédia muito maior se não houvesse a rápida intervenção do serviço de vida selvagem.

Os três homens acusados de envenenar os animais irão enfrentar uma pena máxima de 200.000 dólares ou a prisão perpétua.

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