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Tecnologia melhora expectativa de vida dos animais

11 de outubro de 2009
3 min. de leitura
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Os animais estão vivendo mais. A exemplo do que acontece com o ser humano, as novas opções de tratamento e prevenção de doenças estão aumentando a expectativa de vida dos bichinhos. A tecnologia que existe atualmente à disposição dos animais era algo impensável até pouco tempo atrás.

Plano de saúde para animais, fisioterapia, acupuntura, tomografia computadorizada, eletrocardiograma, endoscopia, ultrassom e análises clínicas em geral. Quem imaginaria estes e muitos outros serviços voltados exclusivamente aos bichos de estimação? E essas opções não são privilégios de quem mora nos grandes centros, como Campinas e a Grande São Paulo. Elas estão disponíveis também nas cidades médias, como Bauru.

À medida que os animais foram ganhando importância dentro das famílias, o tratamento dispensado a eles pelas clínicas veterinárias também foi ficando cada vez mais requintado. Para a médica veterinária Maria Aparecida Martins Angerami, mais conhecida como Dinda, cães e gatos, não somente eles, mas principalmente, ganharam status de filhos. Por isso, a preocupação com o bem-estar e a saúde deles atingiu novo patamar.

Em decorrência desses cuidados, os animais estão sendo vacinados, vermifugados e alimentados de maneira mais apropriada. Como consequência, eles estão vivendo mais. Segundo a veterinária, hoje é comum ver gatos com 20 anos e cães com 15 anos. Quanto menor o animal, maior sua expectativa de vida. Um cachorro da raça poodle, por exemplo, pode viver até 19 anos, segundo Dinda.

Outra transformação que tem sido importante para dar mais qualidade de vida aos cães e gatos é que os cuidados não estão mais a cargo somente das mulheres, ou seja, aumenta o número de homens que comparecem às clínicas veterinárias carregando seus animais. A médica Patrícia Neves Batina conta que presenciou uma cena inusitada recentemente. Três rapazes levaram uma cachorra que estava em gestação para alguns exames na clínica dela e ficaram tirando fotos do animal sendo examinado.

Ela relata que já teve uma ocasião em que o bichinho foi levado até a clínica por uma babá. Não uma babá de criança, mas uma babá do próprio bicho. Em função dessa importância que as famílias estão dando aos animais, a medicina e os profissionais da área estão progredindo cada vez mais. “Antes, o animal era tratado do jeito que dava. Agora, existem profissionais especializados que tratam da maneira que precisam ser tratados”, compara Patrícia.

Segundo a médica, ela tem observado que muitos dos bichinhos de estimação estão ocupando o lugar deixado pelo filho que foi embora de casa para estudar ou trabalhar em outra cidade. Segundo ela, é uma ocupação mais emocional do que física.

Em sua clínica, na quadra 15 da rua Padre Francisco Van Der Maas, Patrícia realiza hemogramas, radiografias, ultrassom, eletrocardiograma e endoscopia, entre outros serviços. Com isso, é possível detectar uma infecção uterina, saber de quanto tempo é a gestação e quantos filhotes estão sendo gerados. Dá para identificar quando há algum corpo estranho no estômago do animal, quando ele está com gastrite, com úlcera ou com fratura, além de descobrir uma possível hérnia de disco.

Ao diagnosticar com precisão e antecedência alguma doença fica mais fácil obter sucesso no tratamento. Dessa forma, as chances de o animal continuar vivendo e  bem aumentam.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

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