EnglishEspañolPortuguês

Organizações de defesa animal se unem para acabar com a exploração de touros no entretenimento

11 de maio de 2015
3 min. de leitura
A-
A+

Por Loren Claire Boppré Canales (da Redação)

Foto: Reprodução Internet
Foto: Reprodução Internet

Mais de 100 organizações de defesa animal de diversos países apresentaram a ¨Rede Internacional Anti-Tauromaquia¨ com o propósito de erradicar a prática da tauromaquia em todos os países onde ela ainda é legal.
Segundo informações divulgadas pela Rede, sua bandeira de luta é responder à enorme demanda social a nível internacional e local que urge eliminar a ostentação dos maus-tratos e morte de um ser inocente como forma de entretenimento.
Na prática, a união das organizações tratará de eliminar qualquer apoio direto ou indireto dado a tauromaquia com recursos públicos por parte das instituições e pressionar o setor privado a acabar com a promoção e financiamento dessa atividade. Além disso, oferecerá assessoria especializada as diferentes organizações que constituem a Rede e irá divulgar a dimensão do movimento anti-taurino mundial a instituições e autoridades.
A Rede também aspira proteger a infância da violência física e mental da tauromaquia, tal como foi recomendado pelo Comitê dos Direitos da Criança da ONU em sua revisão sobre Portugal e Colômbia.
Igualmente, entre os objetivos da nova Rede, está informar a sociedade sobre a tauromaquia, impulsionar leis que tornem realidade os direitos animais – incluindo os utilizados em espetáculos públicos – criar uma plataforma de comunicação para todas as organizações de proteção animal que trabalham pelo fim da tauromaquia e compartilhar experiências dos avanços anti-taurinos nos diferentes países onde a prática ainda é legal.
Símbolo da Rede (Foto: Divulgação)
Símbolo da Rede (Foto: Divulgação)

A apresentação da Rede foi celebrada no marco da Assembleia Nacional do foro ¨Experiências da Luta Anti-Taurina a Nível Internacional¨ onde organizações do Equador, Portugal, França, Holanda, Espanha, Colômbia, Venezuela e México compartilharam as conquistas alcançadas pelo movimento anti-taurino nos últimos anos.
Entre os dados utilizados pelas organizações, elas defenderam durante o foro a crescente rejeição da sociedade contra a crueldade da tauromaquia; o declínio generalizado do público em eventos taurinos; a diminuição do número de festejos taurinos na Espanha, que acumula uma queda de 50% desde 2007; a abolição das corridas de touros nos Estados mexicanos de Guerrero e Sonora e a suspensão das corridas de touros em Bogotá.
Neste contexto, lembram que em 2014, 323 parlamentares europeus se manifestaram a favor de acabar com os subsídios europeus destinados a criação de touros ¨de lidia¨, enquanto 309 se manifestaram contra. ¨A Rede escolheu o Equador porque com sua Constituição de 2008 e conceitos como o Bom Viver criou um precedente que deve ser imitado pelo resto do mundo quanto à relação do homem com a natureza¨, explicou a presidente da plataforma espanhola “A tortura não é cultura¨.
Na sua opinião, é importante que a iniciativa não fique ¨meramente no papel¨ e que sejam implantadas medidas legislativas como a erradicação de todas as formas de maus-tratos aos animais, incluindo as corridas de touros.

Você viu?

Ir para o topo