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Antibiótico usado em galinhas mata 1500 pessoas por ano na Europa

9 de agosto de 2013
3 min. de leitura
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Por Patricia Tai (da Redação)

Foto: Alamy/Daily Mail
Foto: Alamy/Daily Mail

Um tipo de antibiótico que está sendo aplicado em galinhas criadas para consumo humano é culpado pela morte de mais de 280 pessoas por ano na Grã-Bretanha, segundo estudo. As informações são do Daily Mail.

O antibiótico cefalosporina de terceira geração, que é aplicado em bilhões de galinhas para tratar infecções pela bactéria E.coli (Escherichia coli), resultou em várias linhagens de bactérias que são resistentes a tratamento quando transmitidas a humanos.

Cientistas publicaram suas descobertas no Jornal de Doenças Infecciosas e descreveram o número de mortes como “impressionante”. Eles acreditam que aproximadamente 1500 pessoas morrem por ano em toda a Europa em decorrência dessa contaminação.

Taxas de infecção de uma estirpe conhecida como G3CREC triplicaram em pessoas e animais entre 2007 e 2012.

Os dados estudados pelos cientistas vieram dos Países Baixos e levaram à conclusão de que houve 1318 mortes adicionais na Europa.

“Os números de mortes evitáveis e os custos de cuidados médicos para tratar o problema causado pelo uso desse medicamento são assustadores. Considerando estes fatores, o uso contínuo dessas drogas antimicrobiais deveria ser urgentemente examinado e interrompido, particularmente em aves, não só na Europa mas em todo o mundo”, alertam os cientistas.

Richard Young, assessor político da Soil Association, disse: “Essa é a primeira estimativa detalhada a emergir sobre as consequências à saúde humana do uso de antibióticos na agricultura europeia”, e acrescentou que “isso indica que muitas pessoas morrem de infecções resistentes devido ao excesso de confiança em antibióticos utilizados na criação intensiva de gado”.

Imagem da bactéria E.coli. (Foto: Alamy/Daily Mail)
Imagem da bactéria E.coli. (Foto: Alamy/Daily Mail)

Nota da redação: Eis um exemplo de situação em que o homem morre do próprio veneno. Essa é mais uma prova da necessidade urgente da humanidade deixar de comer carne e derivados de animais. Infelizmente, o caminho percorrido pelos venenos aplicados nos corpos dos animais que serão mortos para consumo humano é silencioso e sorrateiro. Quantas doenças além destas fatais estarão se desenvolvendo em organismos humanos, só pelo fato dos mesmos ingerirem carne? Sem contar que a matéria em questão não tratou dos tão conhecidos hormônios que são aplicados nas aves para que cresçam mais rápido, para atender à velocidade da indústria da morte e do lucro, que estranhamente também é a da alimentação humana.

Se os humanos não conseguem aderir ao veganismo pela mera compaixão aos animais – motivo mais que suficiente, diga-se de passagem, deveriam fazê-lo então por preocupação consigo mesmos.

O mais triste é que, em uma reportagem como esta que traz tão embutida a questão dos malefícios do consumo da carne, se perca o mais importante, que é a própria sina desses animais que vivem curtas e miseráveis vidas de escravidão, amontoados em avícolas industriais.

Como se não bastasse terem de passar por essa existência explorada e medíocre como se fossem “coisas”, os animais precisam receber drogas pesadas para combater doenças causadas, por sua vez, tão somente pelas próprias condições que lhes são impingidas pelo ser humano que as explora, ser humano este que não é apenas o criador ou empresário, mas também e principalmente o que consome os seus corpos mortos e “produtos”.

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