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Em caso raro, pinguim é encontrado em praia de Salvador (BA)

8 de julho de 2015
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Pinguim chegou na Bahia por serguir em rota de corrente marítima errada (Foto: Divulgação/Instituto do Meio Ambiente)
Pinguim chegou na Bahia por serguir em rota de corrente marítima errada (Foto: Divulgação/Instituto do Meio Ambiente)

Um pinguim foi encontrado na praia de Massaranduba, em Salvador, e recebe tratamento no centro de reabilitação do Instituto Mamíferos Aquáticos, também na capital baiana. O animal foi achado na sexta-feira (3) e foi o primeiro a ser encontrado na Bahia este ano. Segundo a Joana Ikeda, veterinária da entidade, ele está com a saúde frágil.
“Os pinguins começam a aparecer agora nos meados de julho. Ele [o pinguim encontrado] está bem abaixo do peso, com 1,7 kg. O mínimo para liberarmos o animal é quando ele está com 2,5 kg. Um animal desse chega a 4kg. O pinguim está desidratado, com a temperatura baixa, de 35°C, sendo que o normal é de 39°C e 40°C”, explicou.
De acordo com Ikeda, o litoral baiano não é considerado rota de migração para a espécie, mas quando eles surgem na Bahia geralmente é porque são animais jovens e inexperientes, que pegam correntes erradas e acabam chegando no estado.
Outros fatores estão relacionadas às alterações oceânicas em anos de El Niño, que favorecem a penetração mais intensa da Corrente das Malvinas, rica em nutrientes, na plataforma continental brasileira, encorajando o movimento dos pinguins em direção Norte, inclusive a costa da Bahia.
A médica veterinária lembrou que o maior registro da chegada de pinguins na Bahia foi em 2008, quando cerca de 1.600 animais foram encontrados no litoral do estado. Ela ainda disse que outros que não têm o litoral baiano como rota de migração também acabam fazendo erro de rota e chegando no estado. “Há dois anos encontramos uma foca caranguejeira e já encontramos também um lobo marinho. Desse, a gente tem cinco ou seis registros na Bahia, todos na mesma situação, por conta do erro de rota porque pegaram uma corrente errada”, contou.
Pela longa jornada migratória, os pinguins, assim como algumas espécies de aves marinhas jovens e inexperientes, costumam ser recepcionadas em estado de saúde muito precário. De acordo com Ikeda, cerca de 60% dos animais encontrados conseguem sobreviver.
Até o mês de maio, o instituto quantificou 14 aves marinhas. Atualmente, estão em reabilitação uma pardela, um petrel e o mais recente, pinguim. Todas as aves recebem tratamento diário para estabilização do quadro, posterior recondicionamento e liberação.
O pinguim é um animal que vive em grupo e ele não é liberado sozinho no mar. De acordo com Ikeda, o animal encontrado em Salvador deve ser solto no mar do estado do Espírito Santo, pois lá um grupo de pinguim já está preparado e com saúde equilibrada para ser liberado ao mar.
Fonte: G1

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