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Universidade de Nova York liberta chimpanzés envolvidos em disputa judicial

4 de agosto de 2015
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(da Redação)

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A State University of New York de Stony Brook anunciou na última semana que deixará de usar para testes de laboratório os chimpanzés envolvidos numa disputa judicial na Suprema Corte do estado de Nova York, segundo informações da Reuters.

A aposentadoria dos animais, Hercules e Leo, foi precedida de um processo judicial movido por grupos defensores de animais nas cortes estaduais, visando à libertação dos primatas.

O projeto Nonhuman Rights Project, que milita pelo reconhecimento dos direitos legais de animais, processou a universidade em março. Na semana passada, a juíza Barbara Jaffe, da Suprema Corte de Nova York, arquivou o processo, cujo objetivo era a transferência dos animais para um santuário na Flórida, sob alegação de que os chimpanzés teriam o direito a não viver aprisionados em jaulas.

Na ocasião, a entidade argumentou que os animais eram inteligentes o bastante para receber proteções que se aplicam aos seres humanos e que, por isso, não deveriam ser aprisionados indevidamente, como ocorria no laboratório da universidade.

Uma porta-voz da universidade disse na sexta-feira que o projeto de pesquisa havia terminado há algumas semanas, e que os chimpanzés não seriam mais utilizados em nenhuma pesquisa pela universidade. De acordo com a universidade, os animais seriam aposentados independente da decisão da Suprema Corte.

A juíza Jeffe afirmou que os precedentes no estado de Nova York a levaram a indeferir o pedido, mas reconhece que, no futuro, pode ser que sejam reconhecidos alguns direitos legais a animais. “As cortes demoram a abraçar mudanças e, às vezes, parecem relutantes em adotar interpretações do direito que sejam mais amplas e inclusivas.”

Steven Wise, presidente do Nonhuman Rights Project, conta que a entidade planeja recorrer da decisão, mas que a organização está satisfeita com o anúncio da universidade de que Hercules e Leo não serão mais usados em pesquisas. “Nós aplaudimos Stony Brook por finalmente fazer a coisa certa.”

Nota da Redação: Esperamos que este seja o primeiro passo para a “aposentadoria” de todos os animais torturados e assassinados em teste em universidades e laboratórios do mundo inteiro.

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