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Polícia investiga morte de 28 cães em Santo Antônio do Monte (MG)

4 de agosto de 2010
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Cachorros que viviam abandonados nas ruas foram mortos na manhã desta quarta-feira (4), em Santo Antônio do Monte, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, a 135 quilômetros de Belo Horizonte. Os animais foram sacrificados por funcionários da vigilância sanitária municipal. A suspeita é que o extermínio tenha ocorrido sem que houvesse necessidade e sem seguir procedimentos padrões. A Polícia Civil investiga o caso.

Os cães foram encontrados no canil da Prefeitura, que funciona ao lado da Secretaria de Obras Públicas. Segundo informações da Polícia Militar do Meio Ambiente, uma denúncia anônima informou que a administração estaria realizando a matança dos animais e que todos os cachorros, que estavam sob cuidados da Prefeitura, haviam sido sacrificados.

De acordo com o delegado Ivan José Lopes, ainda é cedo para afirmar se houve ou não crime ambiental. Ele ressalta que a Polícia Civil iniciou as investigações nesta terça-feira e o trabalho deverá ser concluído em 30 dias. “É um momento de cautela. Vamos ouvir os envolvidos e apurar se houve ou não necessidade de matar os animais”, diz.

Durante todo o dia, funcionários da Vigilância Sanitária foram ouvidos. As testemunhas garantem que os animais foram mortos com injeção contendo uma mistura de anestésico e cloreto de potássio, modo adotado em outras cidades e considerado menos abusivo para o animal. Eles afirmaram ainda que os cães foram sacrificados com o aval do veterinário do município, Romário Wenceslau. Nenhum deles quis conversar com a imprensa.

Para o procurador geral do município, Renato Traje, não foi cometido nenhum tipo de crime ambiental na cidade e os cães só foram sacrificados “porque estavam doentes”. “Eles significavam um risco à saúde pública. Alguns estavam lá há mais de 30 dias. Acredito que esse é um problema enfrentado em muitas cidades brasileiras. Não podemos soltar esses cães nas ruas”, finaliza.

Fonte: Correio Braziliense

Nota da Redação: Caso seja constatada a procedência da denúncia, esse infelizmente é mais um caso de abuso e desrespeito à vida animal. Fatos como esse têm se tornado corriqueiros nos canis municipais, e quando não ocorrem denúncias, passam despercebidos. Isso não pode virar uma prática comum e banal. Onde estão as medidas de prevenção e educação junto à população para contornar desastres como esse? A esfera pública, que deveria vir como interventora e amenizadora da situação, é a que atua de forma mais irresponsável e imprudente. Quando a lei básica, de direito à vida, vai ser respeitada?

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