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Cadelinha que teve couro arrancado faz cirurgia e aguarda avaliação

3 de junho de 2015
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Cadela foi encontrada com couro arrancado e patas feridas (Foto: Arquivo Pessoal/Simona Zain)
Cadela foi encontrada com couro arrancado e patas
feridas (Foto: Arquivo Pessoal/Simona Zain)

A cadelinha resgatada no sábado (30), em Campo Grande, com parte do couro da coxa traseira e barriga arrancado e ferimentos nas patas traseiras, foi submetida a cirurgia e agora está em repouso aguardando avaliação.
A médica veterinária Jucimara Costa Pereira, que cuida da cachorrinha da raça pinsher, informou  que aguarda o quadro de saúde dela estabilizar para realizar exames.
“Como foi exposta víscera e o intestino dela ficou para fora, a gente fez a limpeza e colocou para dentro. O risco é que haja infecção, por isso ela [animal] está em repouso, enfaixada, para que não haja ruptura dos pontos”, disse a médica explicando como foi a operação que a cadelinha foi submetida.
“Ela [animal] ainda corre risco de vida pelo menos nos próximos cinco dias porque houve perda de músculo, de pele e o intestino ficou exposto” disse.
A médica informou ainda que no domingo (31) o animal passou por transfusão de sangue e teve vômitos e a temperatura do corpo foi estabilizada nesta segunda feira (1º).
Um exame de raio X deve apontar se as duas patas traseiras estão quebradas, mas devido a instabilidade do quadro clínico do animal, ainda não tem data para ser realizado.
Vitória, como foi batizada a cadelinha pela ativista que a resgatou, deve permanecer na clínica até que se recupere e, segundo a médica, ainda não tem previsão de alta.
Caso
A cadelinha de aproximadamente 3 meses de idade foi resgatada na tarde de sábado (30) por duas ativistas dos direitos animais no bairro Cophavila II e levada para a clínica em estado grave. Ela foi encontrada com parte do couro da coxa traseira e barriga arrancado e ferimentos nas patas traseiras.
Segundo uma das mulheres que socorreu o animal, Simona Zaim, a agressão teria sido praticada, conforme relato de testemunhas, por usuários de droga. Ela disse que moradores informaram que os agressores estavam em quatro, sendo três adolescentes e um adulto. Um deles teria inclusive, chutado o animal ferido, mesmo com a presença da ativista no local.
O tratamento do animal na clínica veterinária está sendo pago por ela e com ajuda de doações.
Educação
O major da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Paulino Queiroz, comentou o caso da cadelinha ao G1. “Isso é cultural e vai continuar acontecendo. Com a educação a gente espera minimizar esses casos”, afirmou fazendo referência ao Projeto Florestinha realizado pela PMA em Campo Grande e no interior do estado.
O projeto é destinado para crianças e adolescentes e promove palestras, oficinas, teatros de fantoches e outras atividades educativas. Segundo o militar, o núcleo de educação ambiental da PMA atende cerca de 20 mil alunos em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o major, se os suspeitos de terem praticado a violência contra a cachorrinha forem identificados eles serão autuados e multados administrativamente, cada um com valores que podem variar entre R$ 300 e R$ 3 mil e podem responder ainda pelo crime de maus-tratos, que tem pena prevista, em caso de condenação, de três meses a um ano de detenção.
Caso haja adolescentes entre os suspeitos, segundo o major, eles podem responder por ato infracional.
Fonte: G1

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