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Animais são feridos pela queima da cana em São Carlos (SP)

9 de julho de 2009
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Não é incomum que as queimadas de cana-de-açúcar, frequentes nessa época do ano, causem danos à fauna e matem animais silvestres que vivem ou passam pelos canaviais. Durante o processo, o fogo pode chegar a uma temperatura de 800°C e avança de forma rápida, o que dificulta a fuga dos animais. Em alguns casos, os bichos são totalmente incinerados e não deixam vestígios.

“Se os quatro lados do canavial forem queimados ou se o animal for um filhote e não tiver uma toca para se esconder, é muito pouco provável que ele sobreviva a uma temperatura altíssima”, afirma o biólogo do Parque Ecológico Doutor Antonio T. Vianna, em São Carlos, Fernando Magnani.

O Parque recebeu 15 animais feridos em queimadas nos dois últimos anos. Um filhote de onça-parda é o mais recente sobrevivente ao fogo. Ele foi encontrado desmaiado no meio de um canavial com queimaduras de segundo grau. Depois de tratado no zoológico, ele ainda se recupera dos ferimentos e deve perder parte de uma das orelhas. O irmão dele não teve a mesma sorte e não sobreviveu às queimaduras de 3º grau.

Outra vítima das queimadas que está no Parque Ecológico é um cachorro-do-mato que ficou cego por causa do fogo. Hoje, ele vive isolado porque infelizmente não pode ser colocado com outros animais nem ser devolvido à natureza.

Com a expansão da monocultura sucroalcooleira, as áreas de matas foram ficando escassas, o que levou os animais a usarem o canavial como espaço para se alimentar e reproduzir. Durante a queimada da cana, eles são surpreendidos pelo fogo e ficam encurralados.

A multa para cada animal ferido ou morto em uma queimada é de R$ 1.429. “Se observamos uma queimada feita pelas usinas ou qualquer proprietário rural fora dos padrões ou sem autorização, o responsável responde penalmente e de forma administrativa”, afirma o subtenente da Polícia Ambiental Wardelein Geraldo Júnior.

Fonte: EPTV

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