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Testes em animais: como funciona este mundo cruel

28 de agosto de 2013
3 min. de leitura
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Agnes Magalhães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Dia 18 de agosto houve em diversas cidades do Brasil um movimento chamado: “Crueldade nunca mais.”

Cansados da escravidão, tortura e crueldade contra animais, protetores de todo País se unirão para pedir um basta deste absurdo.

Veja a manifestação em Campo Grande-MS:

A vivissecção é a dissecação de animais vivos para pesquisa e estudo, também considerada uma prática cruel e desnecessária.

O grande questionamento a respeito dos testes realizados em animais é sua real necessidade, já que nem sempre as reações observadas no organismo animal correspondem às reações do organismo humano. A dúvida sobre a validade dos testes está também relacionada à questão da ética. Que direito temos nós de utilizar os animais como objetos, causando-lhes sofrimento, medo e dor?

De acordo com a PEA, já existem métodos eficientes desenvolvidos, como a utilização de sistemas biológicos in vitro, que possibilitariam a abolição do uso dos animais nestes testes.

Um dos maiores exemplos de crueldade que se pode citar é a utilização de coelhos em testes de produtos de higiene pessoal, como xampus e sabonetes. Os coelhos possuem olhos grandes e possibilidade de observação maior, assim como hipersensibilidade no globo ocular e os testes dos compostos químicos destes produtos causam uma irritabilidade muito superior à causada nos olhos humanos. Durante o teste, os coelhos são imobilizados para evitar que reajam coçando ou machucando os próprios olhos.

Além do teste de irritação dos olhos, a PEA enumera alguns dos principais testes realizados em animais:

Teste de irritação dermal: aplicação de substâncias em peles raspadas e feridas até que se cause edema ou sangramento.

Teste LD 50: teste de medição de toxicidade de substancias, inseridas no organismo animal através de uma sonda gástrica. Além da perfuração, há ocorrência de dores fortes e convulsões, dentre outros sintomas. As doses são administradas até que metade da população do teste morra.

Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco: inalação de fumaça e ingestão de bebidas alcoólicas e posterior dissecação para estudo dos efeitos destas substâncias no organismo.

Testes comportamentais: os animais são submetidos à privações de diversos tipos, como a de água, comida, amor materno, sono, dentre outros. Podem ser feitos testes para observação do medo e estresse. Pode-se realizar estes estudos com a abertura do cérebro e colocação de eletrodos, durante os testes.

Testes armamentistas: submetem os animais à radiação de armas químicas, explosões, colisões, inalação de fumaça, gases tóxicos.

Estes são alguns exemplos, mas existem muitos outros. Muitos testes se mostram ineficazes, já que o organismo animal pode ser comportar de forma diversa do humano. Alguns testes realizados em animais, que não trouxeram qualquer consequência, não tiverem o mesmo resultado em humanos, causando danos à saúde. Outros, que se mostraram potencialmente perigosos, não afetavam o organismo humano. Um exemplo é a ineficácia da penicilina nos coelhos, usada por Fleming.

Atualmente, alternativas vem sendo buscadas para evitar o uso de animais. Uma das possibilidades é o cultivo de tecidos animais in vitro, que permitem a observação de toxidade nas células.

O PEA possui uma lista de empresas que não testam seus produtos em animais, o link está disponível no website:http://www.pea.org.br/crueldade/testes/lista.htm

Como consumidores, a maior parte das pessoas pode travar uma luta silenciosa, evitando as empresas que testam seus produtos em animais e escolhendo produtos livres de crueldade.

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