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SANTA CATARINA

Ave marinha é operada após engolir haste metálica utilizada em anzóis de pesca

O sofrimento da fragata expõe a crueldade da pesca, que condena não só os peixes, mas outros animais a sentir dor e sofrer com a ameaça da morte

15 de junho de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Nilson Coelho/R3 Animal

Uma fragata, como é denominada uma espécie de ave marinha, foi submetida a uma cirurgia em Santa Catarina após engolir uma haste metálica utilizada em anzóis de pesca.

O animal foi resgatado por um navio após ser encontrado ferido no município litorâneo de Penha. A haste, de 10 centímetros, alojou-se no estômago da fragata e perfurou sua pele, ficando projetado para fora de seu corpo e condenando-a a dor.

Internada para se recuperar da cirurgia realizada na última quarta-feira (9), a ave passa bem e segue em observação, conforme informações divulgadas pela equipe médica nesta terça-feira (15). O tratamento está sendo realizado em Florianópolis, onde também ocorreu a cirurgia.

Os cuidados estão sendo ofertados à ave pela equipe veterinária da instituição R3 Animal, que atende animais marinhos na região catarinense. Antes de ser operada, a fragata foi anestesiada e submetida a uma endoscopia. O objetivo do exame era auxiliar no planejamento prévio para a retirada da haste.

Foto: Nilson Coelho/R3 Animal

Conforme explicado pelo médico veterinário Sandro Sandri, o procedimento cirúrgico foi realizado com base em conhecimentos disseminados através de artigos de literatura específica.

“Seguimos o caminho inverso ao que que o objeto havia feito. Ou seja, ultrapassar todas as camadas: pele, subcutâneo, mucosa externa, parede muscular e mucosa interna do estômago. O fechamento do estômago foi feito em três camadas com fio biológico e suturas apropriadas para promover a vedação do órgão e evitar aderências futuras”, explicou ao G1.

Durante o pós operatório, a fragata está sendo medicada com suplementos. Ela também tem recebido alimentação parenteral – isso é, administrada por via intravenosa. O tratamento será mantido até que a ave esteja pronta para voltar a se alimentar sozinha.

Foto: Nilson Coelho/R3 Animal

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