Mais de 100 ursos-negros-asiáticos foram salvos de uma fazenda de extração de bílis na China. Após o resgate, os animais foram transferidos para um santuário, onde poderão viver em segurança e tranquilidade.

Em 2013, o novo proprietário da fazenda de extração de bílis em Nanning no sul da China não quis fazer parte da indústria que explora animais para extrair uma substância considerada medicinal em muitos países orientais e pediu ajuda ao grupo de proteção animal “Animals Asia”.

Após oito anos de planejamento, requerimentos e autorizações, a operação começou. Os 101 ursos, dos 130 que o local alojava no início, foram finalmente levados em 26 caminhões.

Com todo o cuidado, depois de décadas em cativeiro, submetidos à extração do fluido produzido pelo fígado, fizeram uma viagem de 1.250 quilómetros entre Nanning até o santuário em Chengdu.

Essa operação teve a sua realização em três fases entre 19 de abril e 27 de maio.

A fundadora da “Animals Asia”, Jill Robinson, desabafa ao dizer que “aconteceu, o momento pelo qual esperámos oito longos anos. Conseguimos trazer os ursos da lua para casa. Não teríamos conseguido sem a nossa incrível equipe de veterinários na China, sem a ajuda das autoridades locais e sem a ajuda das comunidades locais”.

A bílis do urso, usada em vários países como suposto medicamento, começou a ser desestimulada após a criação de sintéticas e mais acessíveis. Muitos destes animais passam décadas em jaulas, apertados, maltratados, no meio de excrementos, e alvo de procedimentos cirúrgicos pouco recomendáveis por pessoas negligentes e sem qualificação.

Infelizmente, esses ursos não podem ser devolvidos à natureza, porque estão com a saúde debilitada. Um final feliz para uma centena de animais, mas existem outras histórias não contadas, que não acabam assim.