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PRESSÃO INTERNACIONAL

África do Sul proibirá a criação de leões em cativeiro para a caça

5 de maio de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Pixabay

A África do Sul anunciou que proibirá a criação de leões para a realização da caça enlatada de troféus e também para a exploração dos animais para o entretenimento de turistas. A decisão foi tomada após a análise de um estudo que mostra os impactos negativos negativos da criação dos animais selvagens  em cativeiro para atender apenas aos interesses humanos.

A ministra do Meio Ambiente, Barbara Creecy, disse em uma entrevista coletiva que o estudo recomendou a suspensão da “domesticação de leões por meio da criação e manutenção em cativeiro”. “Não queremos reprodução em cativeiro, caça em cativeiro, carinho em cativeiro (filhotes) e nem uso de leões em cativeiro”, disse Creecy.

Especialistas afirmam que a decisão pode não ser tão fácil de ser colocada em prática, pois a indústria que move a criação de leões em cativeiro para a caça e entretenimento é no mínimo multimilionária e apoiada por outros países. Creecy afirmou que, por ora, a caça tradicional não será proibida, apenas a sua versão enlatada.

A caça de leões em cativeiro é alvo de críticas há décadas no país. Milhares de animais são criados em pequenos recintos circundados por cercas elétricas. Quando filhotes são alugados para festas ou explorados para serem acariciados por turistas. Quando crescem, são soltos em um pequeno terreno cercado para serem mortos por caçadores.

A África do Sul tem entre 8.000 e 12.000 leões em cerca de 350 fazendas, onde são criados para caça, turismo e pesquisa acadêmica, de acordo com estimativas de grupos de vida selvagem. Eles também são criados para o tráfico dos seus ossos, usados ​​na medicina e joalheria no sudeste da Ásia, de acordo com organizações em defesa dos direitos animais.

No país, apenas 3.500 leões vivem estado selvagem e são considerados uma espécie ameaçada. “Milhares de leões cultivados nascem em uma vida de miséria na África do Sul todos os anos em cruéis criadouros comerciais”, disse Edith Kabesiime, gerente da campanha de Proteção Animal Mundial (WAP, na sigla em inglês), em entrevista ao Daily Mail.

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