O Atol de Midway, ou apenas ilha Ilha Midway, é frequentemente lembrado por sua importância histórica durante a Segunda Guerra Mundial. O local sediou a famosa Batalha de Midway, em 1942. Um embate entre os Estados Unidos e o Japão. Agora, quase 80 anos depois, a ilha está enfrentando um novo inimigo: a poluição plástica.
O consumo desenfreado estimulado pelo capitalismo desalinhado com uma educação ambiental voltada para a reciclagem e o descarte responsável de embalagens plásticas está transformando o Oceano Pacífico em uma grande lixeira mundial. Plásticos descartados em todas as partes do mundo chegam até o Atol de Midway e causam a morte de milhares de animais.
Os resíduos plásticos que chegam à costa do atol se tornam uma refeição fatal para mamíferos marinhos e aves. Animais morrem frequentemente após engolirem tampinhas de garrafa, sacolas plásticas e até mesmo lâminas de barbear. Gaivotas, focas, golfinhos, tubarões e tartarugas estão entre as principais vítimas da poluição plástica que assola a região.
Além do lixo trazido pela maré, especialistas acreditam que a Grande Ilha de Lixo do Pacífico está cada vez mais próxima do Atol de Midway e os danos para a fauna do local são aterradores. Estima-se que pelo menos 20 toneladas de lixo plástico chegam às praias do atol anualmente. É possível encontrar de tudo, até mesmo isqueiros, brinquedos e material hospitalar.
Muitos pássaros marinhos alimentam os seus bebês com detritos plásticos e os filhotes acabam não sobrevivendo. Uma vez dentro do trato digestivo, o plástico pode encher o estômago, deixando sem espaço para comida e água. Ele também pode perfurar os órgãos internos ou transportar uma coleção mortal de toxinas para o interior do pássaro.
O Atol de Midway é considerado um dos locais mais remotos do planeta, mas mesmo longe dos seres humanos, esses animais sofrem com a ganância, egoísmo e inconsciência humanas.