Uma câmera escondida registrou a real condições de galinhas criadas “livres de gaiolas” em uma das granjas da Happy Egg Company, no Reino Unido. As imagens foram divulgadas pela organização em defesa dos direitos animais Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês) e mostram que os animais são mantidos em condições “miseráveis” e “desumanas”, segundo um relatório divulgado pela ONG.
As imagens mostram milhares de galinhas amontoadas em galpões sujos e escuros. Estressadas, elas se automutilam e atacam as companheiras. Os animais que morrem não são recolhidos e as galinhas sobreviventes convivem com os cadáveres em decomposição no mesmo espaço. A empresa Happy Egg Company vende os seus produtos em mercados do Reino Unido mostrando em seus rótulos galinhas em lindos e bucólicos campos verdes.
Grandes redes como Lidl, Tesco e Sainsbury’s vendem ovos da empresa e estão contribuindo para enganar consumidores, pois os ovos de galinhas criadas supostamente livres e com alimentação natural são mais caros. A PETA afirma que a granja da Happy Egg Company não é diferente de nenhuma outra do mundo que abusa e explora galinhas para roubar e vender seus ovos. “O único rótulo que indica a liberdade de um animal é o vegano”, disse a ONG.
O professor de Medicina Veterinária da Universidade de Winchester, Andrew Knight, afirma que as imagens divulgadas pela PETA mostram claramente o desrespeito à normas de bem-estar animal e a que a empresa impõem sofrimento físico e psicológico às galinhas. Ele alerta ainda que a maneira como os animais são confinados e a clara falta de higiene e cuidados são propícios à propagações de patógenos e doenças.
A única forma de libertar e dar fim ao sofrimento destes animais é considerar a adoção de um estilo de vida vegano.
