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O plástico afeta 30 espécies de animais que vivem em Galápagos

Até o momento, 30 espécies de animais ingeriram ou se enredaram com esse material nas ilhas,Até o momento, 30 espécies de animais ingeriram ou se enredaram com esse material nas ilhas,Até o momento, 30 espécies de animais ingeriram ou se enredaram com esse material nas ilhas

1 de março de 2021
Redação | Giovanna RodriguesRedação | Giovanna RodriguesRedação | Giovanna Rodrigues
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Google Imagens

Um saco plástico descartado em Guayaquil pode acabar no estômago de uma tartaruga em Galápagos. Esse lixo conseguiu se deslocar, principalmente, do Equador continental e do Peru para as áreas mais isoladas do arquipélago. Até o momento, 30 espécies de animais ingeriram ou se enredaram com esse material nas ilhas.

O caso de uma tartaruga encontrada sem vida na região do Cerro Tijeretas é um dos exemplos. Esta foi levada por um pescador ao laboratório do Centro de Ciências de Galápagos. Ao abrir seu corpo, os investigadores encontraram bainhas e cordas de plástico dentro.

Em algumas ocasiões, essas sacolas conseguem passar pelo trato digestivo das tartarugas e são expelidas de seus corpos, sem causar danos. O plástico em suas fezes é a única evidência para os cientistas de que esse material estava dentro delas. Também foram capturadas imagens de leões-marinhos enrolados em cordas ou de pássaros que usam o material para fazer ninhos.

Por meio do projeto ‘Compreendendo os efeitos dos detritos marinhos em Galápagos’, realizado pelo Centro de Ciências de Galápagos e pelo Parque Nacional de Galápagos, foram registradas 30 espécies da fauna afetadas de diferentes formas pelos plásticos no arquipélago.

Juan Pablo Muñoz Pérez, professor e pesquisador da Universidade San Francisco de Quito em Galápagos e membro do Centro de Ciências de Galápagos, diz que se desconhece o número de espécies que sofreram com o problema. Nem foi provado que está afetando todos os indivíduos da espécie.

O pesquisador conta que o projeto teve início em 2014 quando viu que o lixo estava chegando a ilhas remotas, onde os visitantes não têm permissão para entrar. Nessa altura, o trabalho surgiu como uma forma de pedir que fosse regulamentado o consumo deste material no arquipélago.

A pesquisa é atualmente apoiada pela ciência cidadã. A maioria dos casos foi relatada por pescadores, turistas ou habitantes das ilhas. Para isso, foi criado um site onde você pode preencher um questionário e fazer o upload de uma foto ou vídeo da espécie afetada. A lista inclui animais de grande porte, como baleias-jubarte, e pequenos animais, como o caranguejo eremita. Também tiveram relatos de atuns que, quando abertos pelos pescadores, traziam tampas ou sacolas no estômago.

Agora, o objetivo é determinar quais são os possíveis impactos da poluição na saúde dos animais. Outro foco do estudo é determinar a origem dos plásticos. As observações de Muñoz Pérez e um estudo do oceanógrafo Erik van Sebille mostram que também existe lixo asiático, associado às frotas que se encontram fora da reserva marinha.

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