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Mais de 600 animais silvestres morreram nos últimos meses em um centro de tratamento do Ibama em Seropédica, na Baixada Fluminense. No local, os animais têm sido mantidos em meio à sujeira e sofrem quase sem alimentação.
A empresa terceirizada que administrava o centro interrompeu os serviços em 2020. Um novo contrato de emergência feito em seguida também foi rompido. A contratação de uma nova empresa é de responsabilidade do superintendente do Ibama no Rio, o contra-almirante da reserva da Marinha Alexandre Dias da Cruz, que está no cargo desde março de 2019. A denúncia é do jornal RJ2.
Conhecido por ser um dos maiores centros de tratamento de animais silvestres do país, 1,2 mil animais estão acolhidos no local. Os que conseguem se recuperar, retornam à natureza. Outros, no entanto, por conta das consequências do tráfico e dos atropelamentos, só sobrevivem em cativeiro.
No entanto, a falta de cuidadores para os animais levou à morte de mais de 600 deles, segundo um levantamento feito por funcionários do local. Atualmente, quatro servidores públicos se desdobram para tratar os animais, mas muitas vezes não dão conta nem de retirar os corpos daqueles que morrem.
Funcionários que concederam entrevista ao RJ2 de forma anônima informaram que, após o rompimento do contrato com a empresa que administrava o centro, os animais ficaram sem tratadores por 50 dias. Apesar disso, novos animais continuam sendo resgatados.
Após denúncia, a Polícia Federal enviou uma equipe ao local para realizar uma perícia. Os funcionários também serão chamados para prestar depoimento.
De acordo com o Ibama, a Corregedoria, a Secretaria de Biodiversidade e a Diretoria do instituto irão apurar o caso e tomar as providências adequadas.