Escute
|
O Governo de São Paulo vai promover um leilão internacional nesta terça-feira (23) para privatizar o zoológico e o jardim botânico do município. O objetivo é conceder a administração das instituições à iniciativa privada durante 30 anos para que R$ 417 milhões sejam arrecadados.
Ativistas pelos direitos animais criticam a iniciativa do poder público e argumentam que privatizar o zoológico fará a instituição ser ainda mais focada no lucro, o que irá condenar os animais a uma vida de mais exploração para entretenimento humano.
Durante os finais de semana, o zoológico tem recebido aproximadamente 4 mil pessoas. Expostos ao barulho dos visitantes, os animais são submetidos a estresse e frequentemente apresentam movimentos repetitivos que provam o quão prejudicial é a vida em cativeiro.
Exploração para entretenimento humano
Tratados como meros objetos em exposição, os animais mantidos por zoológicos em todo o mundo são privados de seus direitos básicos. Impedidos de viver em paz na natureza, eles são trocados, vendidos e doados entre os zoológicos como se fossem mercadorias.
Aprisionados em jaulas, vivem muitas vezes sob o cimento, em recintos pequenos e inadequados. Sofrem de solidão, desenvolvem depressão e vivenciam dias de angústia. Movimentos repetitivos que sinalizam o estresse ao qual são submetidos são comuns entre os animais que vivem nesses locais.
Para serem respeitados enquanto sujeitos de direito, esses animais deveriam ser transferidos para santuários. Capazes de fornecer condições melhores aos animais silvestres, os santuários possuem recintos amplos, com grama, enriquecimento ambiental, e todo o necessário para simular, da melhor maneira possível, o habitat das espécies.