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Industria automobilística impulsiona desmatamento no Paraguai

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10 de outubro de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Grandes nomes na fabricação de automóveis como BMW e Land Rover têm chamado a atenção em uma investigação realizada pela organização britânica Earthsight a respeito do desmatamento ilegal em grandes áreas florestais, localizadas na região de Gran Chaco, Paraguai, habitat de animais como a onça e o tamanduá-bandeira.

Segundo a organização, o desmatamento ameaça o único lar do povo indígena paraguaio e essa destruição está sendo impulsionada por empresas pecuárias que buscam atender a demanda nacional por carne bovina e couro.

A Earthsight localizou matadouros responsáveis pela venda de gado, vindo das fazendas ilegais em Gran Chaco, e rastreou a cadeia de abastecimento que transportava o couro dos animais até a Itália, principal destino do couro paraguaio.

Essas investigações identificaram que diversos modelos de carros das marcas BMW e Land Rover estão utilizando a matéria-prima proveniente do abate de gado criado nessas áreas de desmatamento ilegal para o estofamento dos automóveis, entre eles o Range Rover Evoque.

De acordo com a Earthsight, nenhuma das empresas investigadas foi capaz de rastrear todo o couro utilizado em seus automóveis e também, nenhuma delas contestou a acusação. “A maioria das exportações de carne e couro do país [Paraguai] são de terras recentemente desmatadas, até um quinto das quais ilegalmente. Estudos indicam que essas exportações são responsáveis por mais desmatamento do que qualquer outra commodity.”

Os números apontam que o couro proveniente do gado criado nessas terras desmatadas e utilizado na fabricação de veículos seria suficiente para cobrir Manhattan (distrito de New York) até três vezes.

No Brasil, a criação de gado é a principal causa de desmatamento e o couro brasileiro está entre os maiores consumidos na indústria automobilística.


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