As queimadas destruíram 26,5% do Pantanal de 1º de janeiro até o último sábado (3). Foram 3.977.000 hectares queimados, área pouco menor que o território do estado do Rio de Janeiro.
Os dados, divulgados pelo Ibama, são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O fogo também tirou a vida de milhares de animais, segundo estimativas de especialistas, e deixou tantos outros feridos. Os sobreviventes agora sofrem sem alimento e água em meio a um habitat devastado. Para tentar minimizar esse sofrimento, equipes distribuem milhões de litros de água e toneladas de frutas pelo bioma.
Com um quarto de seu território destruído, o Pantanal atualmente tem como ponto mais crítico a Serra do Amolar, no Mato Grosso do Sul. A reserva é uma das regiões mais preservadas do bioma.
Em apenas uma semana, o fogo percorreu 516 mil hectares, o que garante uma média diária de 73,7 mil hectares. A queima registrada por dia equivale ao tamanho do município de Salvador – ou seja, é como se a cidade baiana queimasse a cada 24 horas.
Mato Grosso, estado que detém a menor parte do Pantanal, é o que mais sofre com os incêndios. As chamas já devastaram 2,16 milhões de hectares na região. Em Mato Grosso do Sul, foram 1,82 milhão de hectares. Atualmente, o fogo tem avançado com mais rapidez em MS.