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Belugas libertadas de aquário dão seus primeiros mergulhos em santuário marinho

2 de outubro de 2020
3 min. de leitura
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Divulgação

As belugas Little Grey e Little White deram seu primeiro mergulho no santuário marinho islandês em águas abertas. A informação foi divulgada pela organização Sea Life Trust, que comemora o sucesso da reabilitação da baleias e mostra como animais explorados em parques aquáticos e aquários podem sim ter uma chance em seu habitat se forem libertadas. O santuário fica localizado na Baía de Klettsvik em Heimaey, uma das Ilhas Westman na costa sul da Islândia.

O local tem aproximadamente 32 mil metros quadrados – o que equivale ao tamanho de cerca de 117 quadras de tênis – com profundidade de até 10 metros. Little Grey e Little White passaram por um logo período de adaptação, primeiro se acostumando a piscinas naturais e depois sendo realocadas em locais cada vez mais amplos até que elas possam finalmente ser encaminhadas para o santuário aberto. Aprender a mergulhar no mar é parte do processo.

A saúde e o bem-estar das belugas são monitorados diariamente. “Elas estão se alimentando e se aclimatando bem ao ambiente mais natural, bem como a todos os elementos externos. Estamos apresentando-os gradualmente à baía em pequenos passos, mas vê-los nadar juntos e mergulhar profundamente entre a flora e a fauna da baía mais ampla pela primeira vez foi incrível de testemunhar e nos deu uma sensação real de que Little Grey e Little White estão gostando de estar de volta ao mar”, disse a Sea Life Trust.

O santuário marinho da Islândia foi criado em parceria com a Whale and Dolphin Conservation (WDC) e é um dos maiores desenvolvimentos no cuidado e proteção de baleias e golfinhos em cativeiro em décadas. athy Williamson, líder do programa End Captivity do WDC, acredita que a soltura de Little Grey e Little White traz esperança para os animais aprisionados, escravizados e explorados em várias partes do mundo.

Ela acredita que a história de sucesso das belugas seja apenas o começo de uma grande missão. “Esperamos que isso signifique que muitas das mais de 3.500 baleias e golfinhos mantidos em cativeiro para shows e natação com atrações possam ser levados a santuários para viver uma vida mais natural ou ser reabilitados para um retorno à natureza”, disse Williamson.

Entenda

Duas belugas que viviam aprisionadas em um parque aquático na China serão transferidas para um santuário marítimo na Islândia. A libertação ocorreu graças a uma intensa luta do Sea Life Trust – Santuário de Baleias Beluga, o primeiro santuário de águas abertas do mundo onde baleias e outras espécies marinhas poderão viver em segurança e liberdade sob olhares atentos de especialistas da vida selvagem.

Antes de serem libertadas, Little Gray e Little White estão passando por um período de adaptação, pois a temperatura do oceano é mais fria do que as de tanques de aquários. As belugas também terão contato com espécies da fauna e flora marinha para aprenderem como será a vida no mar. O santuário de águas abertas fica em uma baía natural perto da ilha Heimaey, uma das ilhas Westman, localizada na costa sul da Islândia.

A trajetória das baleias será documentada em um filme de John Bishop. A previsão é o que o longa seja lançado ainda este ano. “Essa foi uma das melhores experiências da minha vida. Conhecer as baleias em Xangai em abril passado e seguir sua jornada, que está longe de ser direta, abriu os olhos dos desafios enfrentados por esses animais e pelas pessoas dedicadas que estão trabalhando para lhes proporcionar uma vida melhor”, disse o diretor.


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