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Sonar de submarino pode ser responsável por encalhes em massa de baleias e golfinhos

1 de setembro de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Nas últimas semanas, cerca de 30 baleias de bico, uma espécie rara, encalharam em vários pontos da Europa. Especialistas acreditam que a culpa é da poluição sonora causada por um sonar da Otan. Um exercício de sonar anti-submarino da aliança militar foi realizado na Islândia em julho e duas semanas depois baleias e golfinhos começaram a ser avistados, mortos e vivos, em vários locais incomuns.

Os sonares usados pelos Estados Unidos e pela Otan podem causar mal de descompressão ou uma forma de narcose em espécies de baleias do fundo do mar e levá-las à praia. Segundo especialistas, é incrivelmente raro ver uma baleia de bico (Hyperoodontidae) em águas raras em um período de tempo tão curto. Definitivamente há um desequilíbrio no ecossistema desses animais.

Mamíferos aquáticos costumam se alimentar nas profundezas do oceano e quando se aproximam de águas rasas ficam extremamente vulneráveis, pois além do risco de encalhes, ficam expostas a mais perigos e à falta de alimento. Tempestades e fenômenos causados pelas mudanças climáticas também podem colaborar com os encalhes e mortes de baleias.

Especialistas holandesas afirmam que o encalhe das 29 baleias pode ser apenas a ponta o iceberg. Estudos científicos apontam que há uma ligação estreita entre sonares militares, pesquisas sísmicas de petróleos e uma série de encalhes de baleias e outros mamíferos marinhos.

Acredita-se que o sonar assuste os mamíferos e faça com que eles voltem à superfície muito rapidamente, causando narcose – uma condição também sofrida por mergulhadores humanos subindo das profundezas rápido demais. Uma série de avistamentos do Mar do Norte às Ilhas Faroe levaram os pesquisadores a acreditar que algo incomum está acontecendo.

Embora a narcose seja uma causa provável se o exercício de sonar da Otan for o culpado, uma equipe que investiga a causa da morte de algumas baleias não encontrou evidências disso. Pesquisadores do Programa de Investigação de Cetacean Strandings da Zoological Society of London acreditam que é preciso investigar mais.


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