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Mudanças climáticas causam mortes de elefantes por falta de alimento

3 de setembro de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

O número de elefantes mortos nos últimos dias continua a subir no Zimbábue. Até agora, 22 animais foram encontrados sem vida e mais mortes ainda são esperadas, segundo especialistas da vida selvagem. Análises iniciais apontam que os animais são resistiram após contraírem uma infecção bacteriana por comerem plantas venenosas. A maioria dos cadáveres foi encontrado na Floresta Pandamasue, localizada entre o vasto Parque Nacional Hwange e Victoria Falls. Eram elefantes jovens e estavam muito fracos.

Devido à escassez de alimento causada por um longo período de seca, animais mais novos não conseguem alcançar os galhos mais altos das árvores e acabam recorrendo a vegetações costeiras que podem ou não ser tóxicas. O Zimbábue tem enfrentado sucessivas secas induzidas pelo clima nos últimos anos, deixando os animais com menos água e vegetação para alimentação. Além de uma possível infecção bacteriana, alguns dos animais podem estar morrendo devido ao estresse de caminhar longas distâncias em busca de comida e água.

Os elefantes foram encontrados com a presas e sem sinais de mutilação, o que descarta a suspeita de caça. Nos últimos anos, caçadores envenenaram dezenas de elefantes com cianeto no país e, em seguida, levaram suas presas de marfim para vendê-los a comerciantes ilegais. As investigações também tentarão estabelecer se há uma ligação entre as mortes e as relatadas no vizinho Botswana. Os cientistas estão investigando as mortes no mês passado de mais de 275 elefantes na área do Delta do Okavango, em Botswana. A caça, o envenenamento e o antraz também foram descartados nessas mortes.

Grupos de bem-estar animal, como a African Wildlife Foundation, expressaram “preocupação” com as mortes misteriosas de elefantes em Botswana e no Zimbábue. Guardas florestais devem remover e destruir com urgência os cadáveres dos elefantes que estão nas proximidades de assentamentos humanos “para evitar qualquer transferência potencial de patógenos como medida de precaução”, disse o vice-presidente de Conservação e Ciência da Fundação Africana da Vida Selvagem Philip Muruthi, organização com sede em Nairobi, Quênia.

O Botswana tem a maior população de elefantes do mundo, estimada em 156.000 e o Zimbabwe tem a segunda maior, estimada em 85.000. No ano passado, cerca de 200 elefantes no Zimbábue morreram de fome como resultado da seca do país.


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