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Incêndios criminosos trazem sérios riscos para a fauna pantaneira

21 de setembro de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

A temporada de queimadas mais intensa das últimas décadas tem atingido a região do Pantanal, localizada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no centro-oeste do país. Os números levantados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) apontam que uma área de 2,34 milhões de hectares já foi consumida pelas chamas, cerca de 15% do bioma foi devastado pelo fogo.

E as consequências não param por aí, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), o número de queimadas na região ultrapassou em 20% comparado ao ano de 2019, tornando-se, ainda em agosto, maior que o volume dos últimos seis anos somados. Estima-se que os incêndios em 2020 ultrapassam 14.400 focos, contra 4.660 no ano passado.

Grande parte desses focos são causados por queimadas ilegais, feitas por proprietários da região ao preparar o solo para plantações e pastagem, somando-se ao período de estiagem, que diminui o volume dos rios e eleva a temperatura.

Um exemplo recente foi o incêndio que atingiu a Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal, localizado em Barão de Melgaço (MT), a maior reserva do país. O governo do estado comprovou, por meio de investigações, que a queimada foi motivada pela abertura de pastos para a criação de gado, devastando um terço da área. Segundo relatos da Polícia Federal, um incêndio que destruiu 25 mil hectares na região da Serra Amolar, no Mato Grosso do Sul, pode ter sido causado pela mesma prática.

Em relação ao ano passado, a fiscalização dessas investidas de produtores locais contra o ambiente vem diminuindo, havendo uma queda de 48% no número de multas ambientais relacionadas ao desmatamento ou queimadas na região.


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