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Coalizão luta para que golfinhos sejam reconhecidos como pessoas não humanas

14 de setembro de 2020
3 min. de leitura
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Reprodução: Pixbay

O governo da Índia classificou em 2013 os golfinhos como pessoas não humanas com direitos específicos. Devido a esta declaração, manter golfinhos em cativeiro foi terminantemente proibido no país. A Índia foi o primeiro país no mundo a adotar a classificação, o que trouxe inúmeros questionamentos às pessoas, em sua maioria confusas com o título “pessoas não humanas”. Isso não significa que estes são humanos, mas dá a eles as mesmas proteções que os direitos humanos básicos nos permitem.

O Nonhuman Rights Project (Projeto pelos Direitos de Pessoas não Humanas, tradução livre) uma organização dedicada à luta pelos direitos pessoais dos animais, salienta que o objetivo de conceder aos animais direitos humanos básicos é “… mudar o status de direito comum de pelo menos alguns animais não humanos de serem considerados meras ‘coisas’ que não têm a capacidade de possuir qualquer direito legal, para ‘pessoas’, que possuem direitos fundamentais como integridade e liberdade corporal, e aqueles outros direitos legais aos quais os padrões de moralidade em evolução, descobertas científicas e experiência humana lhes dão direito. ”

Reprodução: Pixabay

Organizações, como Nonhuman Rights Project juntamente com a Dolphin Project estão chamando a atenção para a proximidade dos animais com os humanos. Após a decisão da Índia, Malibu e São Francisco, nos Estados Unidos, aprovaram resoluções pedindo o reconhecimento dos direitos dos cetáceos. Uma resolução semelhante também foi solicitada na Romênia.

Pensando nisso, estas intuições elencaram à similaridade existente entre pessoas humanas e não humanas, de modo a aprendermos o quanto temos em comum com eles. Abaixo, estão alguns dos motivos apresentados:

Animais sociais

Assim como nós, os golfinhos têm famílias, bem como grupos sociais denominados, “pods”. Os golfinhos viajam em grupos de diversos números. Como nós, eles poderiam ter apenas dois indivíduos em seu grupo ou até 1.000 indivíduos.

Falamos dialetos diferentes

Dependendo do grupo ou área geográfica, as orcas (que na verdade não são baleias, mas golfinhos) podem “falar” em diferentes dialetos. Há até evidências de que orcas e golfinhos nariz de garrafa podem aprender as línguas uns dos outros, do mesmo modo que aprendemos outras línguas.

Damos nome uns aos outros

Estudos mostram que os golfinhos possuem apitos personalizados para cada membro de seu grupo

Práticas sexuais por prazer

Existem poucos mamíferos que praticam sexo enquanto a fêmea não está ovulando. Chimpanzés são um deles, assim como os golfinhos e os humanos.

Identidades sexuais

Cientistas australianos seguiram 120 golfinhos por cinco anos para analisar sua vida sexual. Eles descobriram que existem relações homossexuais e bissexuais dentro dos grupos, sendo essas relações principalmente entre golfinhos machos.

Cérebros semelhantes

A cientista Lori Morino, comparou o crânio de golfinhos e baleias com os dentes de macacos. E descobriu que em termos de tamanho em relação ao corpo os golfinhos têm cérebros maiores. Tendo eles o segundo maior cérebro depois do humano. Além disso estudos mostram que os golfinhos se comunicam melhor que os humanos, podendo enviar e receber informações 20x mais rápido que nós.

Genética similar

Ao longo dos estudos, os geneticistas descobriram que o genoma humano e o genoma do golfinho são basicamente o mesmo. O cientista da Texas A&M, Dr. David Busbee, explica: “É que existem alguns rearranjos cromossômicos que mudaram a forma como o material genético é reunido”.


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