Cerca de 3 mil ovelhas sucumbiram às péssimas condições da exportação de animais vivos e morreram após serem impedidas de entrar na Arábia Saudita, para onde tinham viajado. O país rejeitou as ovelhas após duvidar da eficiência da quarentena imposta a elas.
No total, foram transportadas 58 mil ovelhas na embarcação. Amontoadas, elas viajam em espaços reduzidos que as impedem até de deitar para descansar. Em meio aos próprios excrementos, esses animais sofrem e passam fome e sede.
Foi justamente a falta de alimento e água que matou as 3 mil ovelhas. Parte delas, no entanto, também sofreu afogamento, segundo o governo do Sudão, de onde saíram.
Os animais foram devolvidos, tendo que suportar novamente um transporte cruel, após o país de destino descobrir que parte deles não tinham sido vacinada contra determinadas doenças.
Antes da exportação, segundo o The Guardian, as ovelhas são mantidas em quarentena e recebem vacinas contra a HS (septicemia hemorrágica), a PPR (Peste des petits ruminants) e a febre do Vale Rift.
O ministro sudanês Adil Farah disse que teve problemas nas quarentenas em alguns locais, especialmente no leste do Sudão, nos estados de Kassala e Gadarif. “As áreas de quarentena de animais são abertas, então alguns dos exportadores trapaceiam e podem ter entrado depois de vacinarmos os animais para substituir alguns deles, esse é o problema”, disse.
Milhares das ovelhas mortas perderam a vida após beberem a água salgada do Mar Vermelho, enquanto aguardavam para retornar ao Sudão.
Atualmente, mais de 70% da carne consumida na Arábia Saudita vem de animais exportados do Sudão. Os que sobrevivem às terríveis viagens são mortos quando chegam ao destino final, depois de serem submetidos a um percurso cansativo, em ambiente insalubre.