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População mundial de tigres cresce, mas o Sudeste da Ásia ainda é ameaça “crítica”

4 de agosto de 2020
3 min. de leitura
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Pixabay

Em cinco países as populações de tigres estão se recuperando, mas as espécies ameaçadas ainda enfrentam grandes ameaças, como a caça, segundo informações do grupo de conservação WWF (World Wildlife Fund -Fundo Mundial da Natureza) e do governo indiano.

A Índia, que abriga 70% da população global de felinos de grande porte, está entre os 13 países que prometeram, há uma década, aumentar o número destes animais.

“Desde uma baixa histórica em sua população em 2010, os tigres estão finalmente retornando de maneira notável em grande parte do sul da Ásia, Rússia e China”, disse o chefe da iniciativa da WWF Tigers Alive (Tigres Vivos), Stuart Chapman, em um comunicado que marcava o Dia Mundial do Tigre, na última quarta-feira (29).

Chapman disse que o aumento populacional no Butão, China, Índia, Nepal e Rússia foram “ótimas notícias” para outras espécies ameaçadas em seu habitat, bem como para milhões de pessoas dependentes desses ecossistemas.

Mas os tigres ainda estão sob ameaça de caça e destruição de habitat, enquanto as populações de animais silvestres continuarem se fragmentando, o que aumenta o risco de endogamia, disse o WWF.

“Isso atingiu níveis críticos em grande parte do Sudeste Asiático, onde uma crise devastadora está dizimando animais silvestres, incluindo tigres e suas presas”, disse o grupo.

Em um relatório divulgado no início deste mês, o WWF descobriu que havia mais de 12 milhões de armadilhas que ameaçavam animais silvestres dentro de áreas protegidas no Camboja, Laos e Vietnã.

A Índia divulgou seu relatório sobre o status dos tigres na última terça-feira (28), que detalhou as medidas tomadas para conservar os felinos de grande porte.

O relatório alertou que, embora sua população tenha crescido, muitas das reservas de tigres e áreas protegidas da Índia estavam dentro de macrorregiões onde se desenvolvem atividades “ecologicamente insustentáveis”, como a mineração.

“Muitas populações de tigres estão confinadas dentro de pequenas áreas protegidas e algumas têm corredores de habitat que permitem o movimento de tigres entre eles”, acrescentou o relatório.

Mas muitos dos corredores de habitats não estão áreas protegidas e também se encontram em risco devido à atividade e desenvolvimento humano, disse ele.

O censo, realizado entre 2018 e 2019, também foi incluído no Guinness World Records, no início deste mês, por ser a maior pesquisa de todos os tempos envolvendo armadilhas fotográficas para pesquisar animais silvestres.

As armadilhas fotográficas foram implantadas em mais de 28.000 locais cobrindo 381.400 quilômetros quadrados – mais ou menos a área do Japão – de habitats florestais em 20 estados indianos.

Os resultados da pesquisa governamental, divulgados no ano passado, revelaram que a Índia tem 2.967 tigres na natureza, contra 1.411 existentes quando a primeira pesquisa nacional foi realizada em 2006.


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