Imagens terríveis registradas em um mercado úmido no Vietnã mostram sapos tendo suas pernas cortadas com uma tesoura, tartarugas tentando desesperadamente fugir de gaiolas e peixes vivos sendo golpeados com facas. Galinhas e patos também são vistos confinados em gaiolas apertadas e imundas. Animais vivos assistem outros sendo mortos e são deixados ao lado de corpos em decomposição.

Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, é possível ver comerciantes manipulando os animais mortos sem usar máscara ou nenhum equipamento de proteção. Cães esfolados são visto em cima de um balcão sendo manipulados sem nenhuma higiene. O mercado é totalmente insalubre e não nenhuma fiscalização ou preocupação sanitária, apesar dos alertas sobre como a falta de higiene aumenta a probabilidade de transmissão de patógenos zoonóticos.

Um vídeo mostra uma pilha de intestinos de sapos no chão enquanto um comerciante arranca a pele da perna de um sapo antes de jogar o cadáver do animal em uma cesta suja e ensaguentada. As tesouras usadas para mutilar os animais são reutilizadas frequentemente sem nenhuma higiene. Peixes são decapitados em balcões sujos com o sangue de outros animais e outros resíduos orgânicos.

A Organização Mundial da Saúde alerta que as condições na manipulação de carnes destinadas para o consumo humano em mercados úmidos, como o do Vietnã, são “inaceitáveis” e representam um sério risco para a saúde dos animais e de seres humanos. O Vietnã estuda seguir o exemplo da China e proibir o consumo de animais selvagens, mas ainda não está claro quais espécies serão protegidas.

Os ativistas em defesa dos direitos animais responsáveis pela investigação falaram sobre as condições aterradoras em que esses animais são mantidos. “Nesses mercados mal regulamentados, os animais são geralmente mortos no meio das bancas, geralmente no chão entre gaiolas cheias de mais animais, usando ferramentas simples como tesouras”, denunciam.

O Vietnã registrou cerca de 335 casos de Covid-19. A localização exata onde a filmagem foi feita não divulgada.

Veja imagens da investigação aqui.

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